Vários milhares de pessoas manifestaram-se esta quinta-feira em diversas cidades brasileiras na sequência do assassinato da vereadora Marielle Franco.
No Rio de Janeiro, os manifestantes pediram justiça, frente à Assembleia Legislativa. Já em São Paulo, os milhares de pessoas que saíram à rua obrigaram ao corte da avenida Paulista.
Marielle Franco foi morta a tiro, na noite de quarta-feira, no centro do Rio de Janeiro. No ataque morreu também o motorista que conduzia o carro em que seguia.
A vereadora do Partido Socialismo e Liberdade era conhecida pelas suas posições contrárias à intervenção militar como meio de travar a violência.
Na opinião do embaixador Seixas da Costa é urgente que as autoridades brasileiras esclareçam este caso, uma vez que a morte de Marielle levanta muitas dúvidas.
“A decisão de enviar tropas para o Rio de Janeiro foi contestada em vários setores. O facto de haver uma vereadora que estava a fazer investigação sobre isso e que de repente é assassinada de uma forma estranha levanta uma questão importante: saber se titulares de órgãos de soberania são ou não protegidos no exercício livre das suas funções. A única coisa que posso desejar é que as autoridades brasileiras se mostrem profundamente empenhadas em esclarecer esta situação”, disse o antigo embaixador no Brasil.
Sobre a morte da vereadora Marielle Franco, as autoridades brasileiras utilizam já a expressão "assassinato político" e o presidente Michel Temer fala num "atentado à democracia".