As Nações Unidas tinham pedido pelo menos oito mil milhões de euros para ajudar a Síria e os países vizinhos que têm acolhido os seus refugiados e a resposta superou as expectativas.
A conferência de doadores, que congrega em Londres os líderes de mais de 70 países, conseguiu reunir cerca de 10 mil milhões de euros, que serão disponibilizados até 2020.
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo anfitrião da conferência, o primeiro-ministro britânico David Cameron, que explicou que metade da verba poderá ser usada já durante o ano em curso e a outra metade nos próximos quatros anos.
É "a mais elevada verba alguma vez reunida em resposta a uma crise humanitária", disse Cameron em conferência de imprensa.
"Os resultados de hoje não são uma solução para a crise - ainda é precisa uma transição política - mas, com os compromissos assumidos, a nossa mensagem para o povo sírio e da região é clara: vamos estar ao vosso lado e apoiar-vos o tempo que for preciso."
Entre a lista de doadores destaca-se a Alemanha, que oferece 2,3 mil milhões de euros, a União Europeia, que dá 2 mil milhões, e o Reino Unido, que doa 1,7 mil milhões.
Portugal participa neste esforço com um total de 25 milhões de euros durante dois anos. Em Londres, o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva explicou que 24 milhões serão canalizados para o programa específico de apoio à Turquia e o outro milhão para ajudar instituições sírias.
A guerra na Síria, iniciada em Março de 2011, já fez mais de 260.000 mortos, 13 milhões de deslocados internos e 4,6 milhões de refugiados, a maioria deles acolhidos nos países vizinhos: Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque.