O líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, formalizou esta quarta-feira uma queixa contra o ativista que atingiu com tinta verde durante a manhã, à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa, no Parque das Nações, em Lisboa.
A intenção tinha sido deixada ao início da tarde, antes de um almoço com pescadores e apoiantes na Costa da Caparica, onde Montenegro disse estar "parcialmente" recuperado do episódio.
"Para ambientalista, o protesto não foi muito amigo do ambiente, obrigou-me a estar mais de uma hora debaixo de água só para tirar do corpo, e do cabelo sobretudo, os resquícios da tinta utilizada", explicou.
"Tenho a pele irritada no rosto e no pescoço, mas seguiremos", disse.
Questionado se o episódio pode condicionar ou desmobilizá-lo na campanha, respondeu negativamente. "De maneira nenhuma. Pelo contrário, se contribuiu é para me motivar", disse.
Várias figuras políticas condenaram o incidente ao longo do dia. Pedro Nuno Santos criticou o método de protesto: "Partilhamos a preocupação climática, mas desta forma só se chama a atenção para a tinta e não para a causa.”
Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este um “ataque muito pouco eficaz”. "É um bom apelo, um apelo de jovens. Agora, a partir de determinada altura, é uma forma de atuação muito pouco eficaz", afirmou Marcelo.
O chefe de Estado desvalorizou que o incidente tenha decorrido durante a campanha eleitoral, referindo que já foram muitos os alvos destas ações e em diferentes alturas.