São já, pelo menos, 30 os técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que estão infetados com Covid-19.
A denúncia parte do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), que cita o relatório mensal Covid, do próprio INEM, divulgado esta terça-feira.
O presidente deste sindicato, Rui Lázaro, em declarações à Renascença, afirma que o número de isolamentos “é superior e rondará os 50, mas ainda não há dados certos”.
O dirigente reconhece que esta situação está a condicionar o socorro, uma vez que o número de casos de infeção vem agravar, ainda mais, a escassez de meios no INEM.
“Tem-nos sido reportada, de forma regular, a ausência de técnicos do INEM em todo o país. Esta situação levou ao encerramento, no início do mês passado, por 15 dias, da ambulância de Portimão e ainda estará por resolver um surto em Lisboa que levou a que vários profissionais e os contactos próximos ficassem em isolamento”, assegura.
“Isto está a condicionar o socorro numa escassez de técnicos que já é grave ainda antes da pandemia”, explica ainda o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, afirmando que “já existem viaturas paradas diariamente por falta de trabalhadores”, e “por cada caso positivo ou por cada caso de isolamento, aumenta o número de dias e de turnos em que os meios vão ficar parados”.
O responsável insiste nas críticas à direção do INEM por, alegadamente, “não estar a cumprir as normas da Direção Geral da Saúde em relação à testagem”.
“Os trabalhadores do INEM que não têm o plano vacinal completo deviam estar a ser testados de sete em sete, ou de 14 em 14 dias, mas nunca foram testados. Somos nós que realizamos os testes por nossa conta, quando temos de ir a um lar ou a um jogo de futebol. O INEM só testa quem tem sintomas. Aguardamos uma explicação da tutela sobre isto”, conclui.