Os sindicatos de professores remetem para o Ministério da Educação a principal responsabilidade na obtenção de um acordo entre as partes.
“Se se vão ou não concretizar as greves está mais nas mãos do Ministério do que nas dos sindicatos e dos professores”, disse Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, à entrada para nova reunião com o ministro e o secretário de Estado da Educação.
Do lado dos sindicatos, Nogueira diz que está tudo em aberto, lembrando que “aquilo que se quer de uma negociação é que se resolvam problemas, não é que se agravem problemas”. “Eu parto do princípio de que, quando se marca uma greve, aquilo que se espera é poder suspendê-la”, mas, acrescenta, “também não se teme ter de a fazer”.
Posição semelhante assume André Pestana, dirigente do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.T.O.P.). Pestana considera que o Ministro da Educação “insistiu em não ceder nas observações nas propostas construtivas que o S.T.O.P. e os sindicatos deram”, acusando João Costa de falhar no diálogo.
De acordo com Mário Nogueira, o encontro desta quarta-feira tem um caráter pré-negocial, dado que será o ponto de partida para um conjunto de outras reuniões.
Para esta quarta-feira estão estabelecidos cinco pontos na ordem de trabalhos para serem discutidos, entre os quais as questões relacionadas com a burocracia dos professores e a correção das assimetrias na carreira decorrentes do tempo de congelamento.