Arthur Ashkin, de um lado, e Gérard Mourou e Donna Strickland, por outro, partilham o prémio Nobel da Física este ano.
A Academia sueca decidiu atribuir o prémio a estes cientistas pelas suas “invenções transformadoras no campo da física laser”.
Arthur Ashkin, norte-americano de 96 anos, foi distinguido pelo desenvolvimento de “pinças óticas e a sua aplicação em sistemas biológicos”.
Por seu lado, Gérard Mourou, francês de 74 anos, e Donna Strickland, canadiana de 59, foram premiados “pelo seu método de gerar ultra-pequenos pulsos óticos de alta intensidade”.
Donna Strickland é a primeira mulher a ganhar o Nobel da Física nos últimos 55 anos. Nesta área, apenas outras duas venceram: Maria Goeppert Mayer em 1963 e Marie Curie.
Em direto pelo telefone, na cerimónia de divulgação do prémio, Donna Strickland mostrou-se surpreendida: “Pensei que houvesse mais [mulheres]. Obviamente, temos de celebrar e espero que venhamos a ser mais. Fico honrada de ser uma dessas mulheres”.
O prémio Nobel da Física tem um valor pecuniário de nove milhões de coroas (870 mil euros).
Em 2017, o Nobel da Física foi para três pessoas – os norte-americanos Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne – pelas suas “contribuições decisivas para o detetor LIGO e a observação de ondas gravitacionais”, descobertas antecipadas por Einstein há um século.
Na segunda-feira, foi divulgado o prémio Nobel da Medicina, atribuído a James P. Allison e Tasuku Honjo pela descoberta de duas proteínas importantes na luta contra o cancro.
Nos próximos dias, vão ser conhecidos os prémios no campo da Química, da Paz e da Economia.