Veja também:
- Porque é que devemos evitar o pato de borracha no banho?
- Ruas britânicas mais limpas. Pastilhas elásticas ganham vida nova como lápis ou pentes
A empresa desportiva Adidas decidiu lançar, em parceira com a organização Parley For the Oceans, uma edição limitada de camisolas feitas com plástico retirado dos oceanos.
Os equipamentos vão ser usados por equipas da Major League Soccer, o principal campeonato de futebol dos Estados Unidos e do Canadá.
Além disso, a Adidas lançou a venda de roupas para Ioga feitas a partir do mesmo material.
Esta não é a primeira vez que a empresa alemã investe neste tipo de produto. No ano passado, um milhão de pares de ténis feitos com o plástico vindo dos oceanos foram vendidos e, para 2018, a previsão é que sejam comercializados cinco milhões de sapatos feitos com aquele material.
O objetivo é usar plástico reciclado dos oceanos em todos os seus produtos até 2024.
Todos os anos, os oceanos recebem cerca de oito milhões de toneladas de lixo plástico, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). As estimativas indicam que, até 2050, possa haver mais plástico do que peixes no mar.
Lego de cana-de-açúcar?
A empresa dinamarquesa Lego também decidiu fazer mudanças sustentáveis e iniciou este ano a produção de peças de plástico à base de cana-de-açúcar – entre elas, folhas, árvores e arbustos.
As novas peças serão incluídas nos pacotes no final deste ano e a ideia é que, até 2030, todos os blocos sejam feitos de plástico vegetal.
Atualmente, as peças são feitas de plástico obtido a partir do petróleo. De acordo com a Lego, os blocos sustentáveis serão idênticos em aparência e resistência em relação aos antigos.
Alguns ambientalistas apoiam a medida, mas outros estão preocupados com o eventual efeito negativo da produção destes blocos nas plantações de cana-de-açúcar.
Tim Brooks, vice-diretor do centro de responsabilidade ambiental e materiais sustentáveis da Lego, diz que a cana-de-açúcar utilizada no fabrico das peças está a ser cultivada em terrenos agrícolas já existentes.
"Não estamos a derrubar a floresta para cultivar a safra", informou em entrevista citada pelo site Mashable.
"Haverá quem não concorde, mas é muito melhor do que o petróleo", defendeu também Stephen Mayfield, biólogo molecular da UC San Diego, ao mesmo site, acrescentando que a mudança pode gerar uma redução de 70% da pegada de carbono.