O Papa Francisco encerrou, esta quarta-feira, a série de catequeses dedicada à oração e à necessidade de cultivar a espiritualidade.
O Santo Padre sublinhou que “uma das caraterísticas mais evidentes da vida de Jesus é a oração e que esta se tornou ainda mais frequente e intensa nas horas da sua paixão e morte”.
Francisco explicou que a dimensão filial de Jesus para com Deus, apesar do grande sofrimento daquelas horas, se manifesta “de modo muito humano, desafogando na presença do Pai a angústia do seu coração com a palavra aramaica Abbá, repleta da ternura e confiança de uma criança no seu papá”.
Para penetrar no mistério da oração, o Papa diz que “vale a pena deter-nos na chamada «Oração Sacerdotal» de Jesus no Cenáculo de Jerusalém”, porque nela está tudo concentrado: “Deus e o mundo, o Verbo e a carne, a vida eterna e o tempo, o amor que se entrega e o pecado que o atraiçoa, os discípulos presentes e os que hão de crer em Jesus pela palavra deles”.
“As paredes do Cenáculo como que se alargam para abraçar o mundo inteiro e o olhar de Jesus não se fixa apenas nos discípulos ao seu redor, mas vê-nos também a nós, como se quisesse dizer a cada um: «Rezei por ti, na Última Ceia e no madeiro da Cruz», acrescentou o Papa.
Francisco considera que “o dado mais belo que podemos guardar destas catequeses, é que não só rezamos com Jesus, mas fomos acolhidos no seu diálogo com o Pai, na comunhão com o Espírito Santo” e amados de tal modo em Cristo que, “mesmo na hora da sua paixão, morte e ressurreição, tudo foi oferecido por nós”. Por isso, “até no mais doloroso dos nossos sofrimentos, nunca estamos sós”.