A EDP fechou 2016 com lucros de 961 milhões de euros, um aumento de 5% face em relação ao ano anterior, anunciou esta quinta-feira eléctrica liderada por António Mexia.
Os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiram os 3.759 milhões de euros em 2016, uma redução de 4% em termos homólogos, que teria aumentado 6% excluindo os efeitos não recorrentes.
"2016 foi um bom ano para o grupo EDP", afirmou António Mexia, em conferência de imprensa, em Lisboa, realçando o aumento dos proveitos regulados em Espanha, a produção hídrica acima da média e as melhorias de eficiência.
A EDP vai propor na assembleia-geral de accionistas um dividendo de 19 cêntimos por acção relativo ao exercício de 2016, um acréscimo de 3% face à remuneração do ano anterior, adiantou o presidente executivo.
Na conferência de imprensa de divulgação dos resultados, em Lisboa, António Mexia realçou que o valor a propor - 19 cêntimos - será o que estava planeado, acima dos 18,5 pagos em 2015, e que representa um 'payout' de 72% sobre o resultado líquido.
Sindicatos exigem aumentos
Os sindicatos já vieram exigir um aumento salarial de 4%. O coordenador da FIEQUIMETAL, Rogério Silva, diz que a EDP pode superar os 0,7%, propostos pela administração.
Na apresentação de resultados, António Mexia atribuiu a reivindicação salarial ao actual momento político. E afirmou que o processo negocial vai continuar, embora recorde que o valor está já acima da inflação do ano passado.
Segundo António Mexia, os lucros obtidos garantem a distribuição de dividendos no valor de 19 cêntimos por acção, mais 3% do que em 2015.