Se for eleito primeiro-ministro, Luís Montenegro promete um plano de emergência para o SNS para, entre outras coisas, acabar com as listas de espera.
Para tal, o líder social-democrata propõe que os "vouchers" para cirurgias, que existem há já quase 20 anos, sejam alargados a consultas no setor privado ou social, quando o tempo máximo de resposta for ultrapassado.
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, diz que será apenas uma questão de organização para tornar esta proposta uma realidade. Contudo, lembra que há um problema "complicado" que deve ser resolvido.
"É que demoram imenso tempo a pagar e isso não pode ser assim. Os funcionários precisam de receber. As entidades têm capacidade para fazer, e fazem, mas depois esperam eternidades para receber."
Por isso, o pagamento a tempo e horas do serviço prestado via "vouchers" é fundamental para tornar o sistema mais fluido.
Já a Federação Nacional dos Médicos lamenta que as propostas do PSD na Saúde não incluam medidas para melhorar as condições laborais dos médicos.
Para Joana Bordalo e Sá, "é natural que cada partido tenha políticas" para o setor, mas, para a Fnam o mais importante é criar condições para fixar os médicos no SNS.
"O que nos interessa é que garantam condições de trabalho aos médicos, com salários justos, independentemente da política de saúde a seguir. A nossa luta é essa. E lutar pelo SNS, que também é uma das nossas prioridades."
No próximo dia 1 de fevereiro, a Fnam tem reunião agendada com o PSD, a quem vai entregar um caderno reivindicativo e ouvir propostas concretas para a melhoria das condições laborais dos médicos.