O Departamento de Segurança Interna dos EUA divulgou esta quarta-feira um alerta antiterrorismo, alegando o “clima de ameaças intensas” promovido por grupos “extremistas violentos” nacionais que se opõem ao Governo federal.
O departamento governamental esclarece, num comunicado, que não possui “informações sobre uma conspiração credível específica”, mas reconhece que “distúrbios violentos ocorreram nos últimos dias” e que essas ameaças podem persistir por várias semanas.
O Departamento de Segurança Interna informou que consultou as agências de inteligência e as forças de segurança, antes de emitir o alerta sobre a possibilidade de violência extremista.
“A informação sugere que alguns extremistas violentos com motivação ideológica e objeções ao exercício da autoridade governamental e à transição presidencial, bem como outras queixas alimentadas por falsas narrativas, podem continuar a mobilizar-se para incitar ou cometer violência”, explica o comunicado.
Com este aviso, o Governo do Presidente Joe Biden entra no debate político sobre como descrever o caracterizar atos motivados por ideologia política, sugerindo que olha para a violência destinada a contrariar os resultados eleitorais como uma atividade terrorista.
O alerta surge após o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro, por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump, que procuravam impedir a ratificação do resultado eleitoral.
O Departamento de Segurança Interna também constata a existência de distúrbios violentos nos “últimos dias”, uma aparente referência aos eventos em Portland, no estado de Oregon, imputados a grupos anarquistas.
O alerta antiterrorista foi emitido pelo secretário interino de Segurança Interna, David Pekoske, já que Alejandro Mayorkas, o nome indicado para o cargo por Biden, ainda não foi confirmado pelo Senado.