O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, tem um novo sonho para Lisboa. Na abertura da Web Summit 2023, o autarca lembrou que, noutras edições, sonhou fazer de Lisboa “a capital da inovação”.
Agora, esse sonho está cumprido, assegura. “Dois anos depois, aconteceu. Temos mais de 54 empresas tecnológicas, de 23 países diferentes. Entre elas estão 12 unicórnios”, enumerou, assegurando que a vinda destas empresas já “gerou mais de 10 mil empregos em Portugal”.
Agora, Carlos Moedas traça outra meta. “Quero que Lisboa seja o porto seguro da inovação”. O presidente da Câmara de Lisboa recordou tempos idos, anteriores ao nascimento de Cristo, onde as pessoas estavam “juntos na diversidade”. O autarca quer que se dê continuidade a esse espírito de união, assegurando que, na Lisboa do século XXI, “ninguém quer mudar ninguém, toda a gente é bem-vinda e toda a gente pode ser quem é”.
Assim, defende o autarca, estão criadas as condições para Lisboa poder almejar ser o tal “porto seguro da inovação” e às tecnológicas que vão estar na Web Summit. Lançou o apelo para ajudarem a resolver os “problemas de hoje”, enumerando alguns: “casas para quem não pode pagar”, “alterações climáticas”, “pobreza”.
“Venham resolver esses problemas para Lisboa. Venham para o porto seguro de Lisboa, instalem aqui a vossa empresa”, não hesitou em pedir Carlos Moedas.
“Star Trek” ou “Matrix”, eis a questão
O pontapé de saída da Web Summit contou com a participação de um dos poucos ministros do atual Governo que vão estar presentes no evento.
António Costa Silva, ministro da Economia, subiu ao palco para falar de sucessos cinematográficos aos empreendedores.
“Quando olhamos para os problemas do nosso mundo hoje, e penso que tenho à minha frente algumas das mentes mais brilhantes do mundo, temos de os resolver e só podem ser resolvidos com inovação e com tecnologia”, começou por dizer, considerando a ameaça climática como o problema mais grave.
O ministro considerou que “podemos escolher ou um mundo como no ‘Star Trek’ ou como no ‘Matrix’”.
“Se escolhermos a abordagem do ‘Star Trek’, vamos usar a tecnologia para combater a pobreza, a desigualdade, para dar a todos os cidadãos oportunidades de vida”, explicou.
“Por outro lado”, acrescentou, “se escolhermos a abordagem do ‘Matrix’ significa ‘business as usual’ em que as tecnologias são desenvolvidas, mas não são usadas na direção correta”.
António Costa Silva considerou ainda que “a inteligência artificial vai ser a eletricidade do século XXI, desempenhando precisamente o mesmo papel que a eletricidade desempenhou na mudança e moldando a economia”.