O Sp. Braga quer "rapidamente entrar no caminho das vitórias" na I Liga de futebol depois do desaire caseiro da primeira jornada, com o Famalicão, garante o treinador, Artur Jorge.
Na terça-feira, a equipa minhota qualificou-se para o “play-off” da Liga dos Campeões ao voltar a bater os sérvios do Backa Topola, fora, por 4-1 (3-0 em casa), mas para o campeonato perdeu, na Pedreira, com o Famalicão, na passada sexta-feira (2-1), na ronda inaugural.
"É um jogo de particular importância para nós tendo em conta o nosso arranque no campeonato. Seria sempre um jogo importante, mas, pelo facto de não termos conseguido vencer, leva a que tenha uma importância acrescida porque queremos rapidamente entrar no caminho das vitórias", disse na conferência de imprensa de antevisão da deslocação ao terreno do D. Chaves.
Questionado sobre se a pressão aumenta pela quase obrigatoriedade de ganhar, o técnico respondeu que se trata mais da exigência interna.
"Não quero colocar a questão em temos de obrigatoriedade de ganhar, mas de exigência que temos para connosco e queremos ganhar porque precisamos de somar pontos para entrar no nosso caminho de vitórias", reforçou.
A equipa arsenalista defronta já na terça-feira os gregos do Panathinaikos, na primeira mão do “play-off” da Liga dos Campeões, mas o treinador quer o "foco a 100%" no jogo em Chaves.
"O campeonato é uma prova de resistência em que não podemos perder muitos pontos para podermos ter mais uma classificação nos lugares cimeiros, por isso [o jogo de sábado] é uma prioridade absoluta. Começámos a preparar este jogo ainda na Sérvia porque o espaço entre os jogos é muito curto. Queremos ter uma abordagem muito séria, de muito respeito pelo adversário, mas com ambição de conquistar os três pontos", disse.
O Sp. Braga quebrou fisicamente na segunda parte com o Famalicão e geriu o jogo diante dos sérvios, mas Artur Jorge diz não gostar de dividir o jogo em duas partes, mas sim analisá-lo "por inteiro".
"Perdemos com o Famalicão e é fácil dizer que tivemos uma segunda parte em que quebrámos, mas ganhámos os dois jogos da 'Champions' e fizemos gestão porque o adversário era mais fácil. Isso [esse raciocínio] soa-me sempre a injustiça. Disse que [o Backa Topola] era um adversário de respeito e, se calhar, por isso fizemos uma eliminatória de 7-1. Recordo que já fomos eliminados pelos poderosíssimos Zorya, Pandurii e Elfsborg. A facilidade está onde queremos encontrá-la", disse, de forma irónica.
Banza ficou de fora dos convocados para a Sérvia e apesar de não ter sido um aviso ao avançado francês, o técnico frisou que os jogadores têm que ser "sérios e comprometidos nos treinos".
"Tendo um plantel com várias soluções e de grande nível individual obriga a que todos os jogadores tenham que trabalhar nos limites. Não dou oportunidades, os jogadores jogam por mérito deles, todos têm que trabalhar de forma árdua para serem solução. Não há aviso nenhum, os jogadores sabem que para serem opção têm que ser muito sérios e comprometidos nos treinos", disse.
Por outro lado, Álvaro Djaló foi titular na Sérvia e tem dois golos marcados esta época, ambos na ronda preliminar da Champions com os sérvios, e recebeu elogios do treinador.
"O Álvaro já foi protagonista no ano passado, foi muito utilizado por mim e, em termos de aproveitamento, tendo em conta a utilização e golos e assistências, foi dos jogadores mais eficientes da equipa. Está à procura de ter mais espaço na equipa", disse.
Sp. Braga e D. Chaves, ambos sem pontos, defrontam-se a partir das 18h00 de sábado, no Estádio Municipal Eng.º Manuel Branco Teixeira, em Chaves, num jogo que será arbitrado por João Gonçalves, da Associação de Futebol do Porto.