O presidente do Chega, André Ventura, defendeu, este domingo, que os Estados ocidentais "não podem ter tibiezas" face aos ataques do Hamas e do Hezbollah em Israel, que provocaram centenas de mortos.
"O que o mundo e a Europa não precisavam era de outra guerra, noutro polo, também não muito longe daqui, no Médio Oriente. Agora, independentemente disso, de a guerra ser negativa, mais uma vez não pode haver tibiezas", disse aos jornalistas, no início de uma visita à Feira de Outubro, em Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa.
O líder do Chega registou que Israel foi atacado pelo Hamas e pelo Hezbollah, dois grupos que parte da comunidade internacional reconhece como terroristas, pelo que "os Estados ocidentais e a União Europeia, na qual Portugal se inclui, não podem ter tibiezas".
André Ventura pediu ainda que a União Europeia esteja "na primeira linha" de apoios de natureza militar ou humanitários.
"Espero que Israel vença esta guerra, espero que a União Europeia, onde nós nos incluímos, e os Estados Unidos tenham uma firmeza muito grande no apoio a Israel contra o terrorismo", concluiu.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos, continuando hoje a registar-se operações no terreno.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Em solidariedade para com a "resistência palestiniana", o partido-milícia libanês Hezbollah disparou hoje dezenas de foguetes e obuses contra três posições israelitas numa área disputada ao longo da fronteira do país com os Montes Golã, ocupados por Israel na Síria.