O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não quer debates antes do tempo sobre o que fazer acerca do combate aos incêndios florestais.
O Chefe de Estado visitou este domingo, pela segunda vez este mês, a ilha da Madeira, em concreto as zonas afectadas no Funchal e também algumas famílias que ficaram desalojadas.
Acompanhado pela ministra da Administração Interna, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que é importante discutir o que se passou, mas também assentar ideias.
“Nesta altura, abrir debates é um bocadinho permaturo. Vamos assentar ideias e depois veremos”, disse.
O Presidente confessou que ao longo da viagem desde o continente falou com Constança Urbano de Sousa sobre o problema dos incêndios, mas sem adiantar mais pormenores.
E sobre as verbas já disponíveis de ajuda, Marcelo considera que Portugal até está bem, se comparar com as verbas para a catástrofe do sismo no centro de Itália.
“Linhas de crédito e decisões apalavradas estão qualquer coisa como 60 e tal milhões. A Itália depois daquela tragédia [sismo] o Governo Renzi anunciou 50 milhões. Nós portugueses, apesar de tudo, tivemos uma capacidade e uma generosidade financeira que mostram que se alguém é considerado apertado de números não somos nós”, acrescenta.
O Presidente da República reuniu-se depois com os presidentes das câmaras muncipais madeirenses afectadas pelos incêndios, um encontro à porta fechada.
Esta segunda-feira, Marcelo ainda dedica a parte da manhã à devastação causada pelos fogos do inicio do mês, com uma visita à Calheta, mas à tarde parte para as ilhas Desertas começando a segunda parte deste programa que vai levar Marcelo Rebelo de Sousa às Selvagens, o ponto mais meridional de Portugal.
Veja a reportagem multimédia: As Selvagens estão mais civilizadas