A autópsia à menina de três anos que morreu segunda-feira em Setúbal, devido a alegados maus-tratos, realiza-se esta quarta-feira. O resultado pode ser determinante para esclarecer o caso, admitiu o diretor da Polícia Judiciária local.
"O que podemos dizer neste momento é que a autópsia se realiza hoje. Esperamos que o resultado ajude a esclarecer o que se passou", disse à agência Lusa João Bugia, assegurando que, até ao momento, não foi efetuada nenhuma detenção.
A criança deu entrada no Hospital de São Bernardo, que integra o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), "entubada e ventilada", depois de ter sido assistida em casa da mãe por uma equipa de emergência médica.
Segundo fonte do CHS, a menina deu entrada no Hospital de São Bernardo já "entubada e ventilada", mas as tentativas de reanimação não foram bem sucedidas.
A PJ de Setúbal admitiu na terça-feira que a morte de Jéssica ocorreu num "quadro evidente de maus-tratos", que poderá ser confirmado pelo resultado da autópsia.
A estação CNN Portugal noticiou que a menina esteve durante cinco dias, até segunda-feira, com a ama, e que esta terá comunicado à mãe da menina que a menor tinha caído de uma cadeira no dia anterior e que medicou a criança com cinco mililitros do anti-histamínico Atarax.
No entanto, de acordo com as informações recolhidas pela agência Lusa junto de fontes hospitalares e da PJ, os ferimentos que a criança apresentava iam muito além do que poderia ter acontecido devido a uma queda de uma cadeira.
Após ter sido dado o alerta, durante a tarde de segunda-feira, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal mobilizou para o local uma equipa de emergência médica do Hospital de São Bernardo e uma ambulância do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).
A menina foi assistida no local e transportada ao Hospital de São Bernardo, em Setúbal, mas não sobreviveu aos ferimentos.