A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública espera "milhares de trabalhadores" na manifestação nacional em Lisboa. O objetivo é contestar a atualização salarial de 0,9% para este ano, que poderá causar perturbações no funcionamento de alguns serviços.
Escolas,
autarquias, serviços de saúde e centrais do Estado podem sentir o impacto da greve decretada para esta sexta-feira.
A manifestação da Frente Comum, que se realiza a uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), arranca cerca das 14h30 do Marquês do Pombal, rumo à Assembleia da República.
"Estamos à espera de milhares de trabalhadores de todo o país em Lisboa", disse à Lusa o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana.
Para os trabalhadores poderem participar na manifestação, a Frente Comum emitiu "vários avisos prévios de greve", que poderão ter impacto no funcionamento dos serviços públicos durante o dia de hoje, indicou à Lusa Sebastião Santana.
"São avisos prévios de 24 horas que englobam, de uma maneira geral, todos os trabalhadores da Administração Pública e, apesar de não ser uma greve nacional, mas sim uma manifestação, haverá perturbações, sobretudo nas escolas", afirmou o líder sindical.
A manifestação foi anunciada em 26 de abril, numa cimeira de sindicatos da Frente Comum, afeta à CGTP, em resposta ao resultado da reunião com o Governo, que manteve uma atualização salarial de 0,9% para este ano, apesar do agravamento da inflação.
Sebastião Santana salientou que, se o Governo tiver vontade de sanar o conflito, ainda tem tempo de alterar a situação antes da aprovação final do OE2022.
Devido à manifestação desta sexta-feira, o funcionamento de escolas, transportes, autarquias, serviços centrais de saúde e de recolha do lixo pode vir a ser afetado.