O líder parlamentar do Chega disse esta sexta-feira que Marcelo Rebelo de Sousa é uma peça chave no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, e que há tempo para os esclarecimentos do Presidente da República depois das eleições europeias, a 9 de junho.
"Sabemos que estamos em campanha eleitoral, mas também sabemos que a campanha eleitoral termina no dia 9 de junho, que são as eleições europeias. Portanto, vamos aguardar. Certamente que Marcelo Rebelo de Sousa é uma peça fundamental e será, obviamente, chamado nesta comissão de inquérito", disse Pedro Pinto após a tomada de posse dos 41 secretários de Estado do Governo de Luís Montenegro.
Marcelo Rebelo de Sousa negou, esta sexta-feira, que tenha bloqueado o acesso à informação sobre o caso das gémeas, e recusou a falar da comissão de inquérito ao caso que o Chega anunciou por estar "em período pré-eleitoral".
Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS, declarou que o partido ainda não decidiu como vai votar a criação da comissão parlamentar de inquérito. O Livre, representado na cerimónia pelo deputado Paulo Muacho, tem a mesma posição.
Do lado do PS, João Torres desejou bom trabalho ao novo Governo - que agora tem todos os seus membros empossados -, mas considerou que ainda não há resposta sobre a estabilidade governativa.
"Há uma resposta que ainda não foi dada por parte da Aliança Democrática, que é como pretendem assegurar a estabilidade política do nosso país. Essa é a questão de fundo que eu penso que tem que ser resolvida, porque hoje vemos um tempo diferente daquele que vivíamos há alguns meses, e a composição da Assembleia da República ilustra isso mesmo", argumentou o secretário-geral adjunto dos socialistas.
Para o PAN, representado por Inês Sousa Real, faltam muitas secretarias de Estado na orgânica do primeiro Governo de Luís Montenegro. Uma delas é a da conservação da natureza, apontou a porta-voz do partido.