A justiça italiana abriu um inquérito contra o ministro italiano do Interior Matteo Salvini por "sequestro de pessoas, detenções ilegais e abuso de poder" devido à retenção de migrantes a bordo do navio Diciotti, noticiam os media italianos.
O seu chefe de gabinete também é visado na mesma investigação, que foi iniciada pelo Ministério Público de Agrigento, na Sicília, mas será agora conduzida por um "tribunal de ministros" em Palermo, a capital desta ilha do sul, de acordo com a mesma fonte.
Esta decisão surge após o interrogatório de dois altos funcionários do Ministério do Interior, conduzido no sábado, em Roma, por Luigi Patronaggio, o procurador de Agrigento, que tinha aberto uma investigação sobre este caso, para entender a cadeia de comando e quem deu a ordem para proibir o desembarque de migrantes.
A decisão da Justiça não esmoreceu a vontade de Matteo Salvini, o líder da Liga (extrema direita), de continuar a sua luta contra a imigração.
"Eles (os magistrados) podem travar-me, mas não a vontade de 60 milhões de italianos", afirmou o ministro numa reunião política no norte da Itália.