Os efeitos da pandemia provocada pela Covid-19 são menos notados pelos portugueses, em comparação com a média dos 30 países analisados no relatório "Healthy & Sustainable Living", divulgado nesta terça-feira.
Segundo os resultados do inquérito, que em Portugal abrangeu cerca de mil participantes, 38% das pessoas afirmam sentirem-se muito afetadas pela pandemia, quando a média global é de 51%, e 40% dos portugueses dizem-se moderadamente atingidos pelos efeitos do novo coronavírus.
"O impacto da pandemia é consideravelmente menor em Portugal", realça o estudo.
Em geral, os portugueses sentem-se menos afetados por todos os problemas, em comparação com a média mundial.
Além da Covid-19, as alterações climáticas e a poluição do ar são os problemas mais citados e por que as pessoas inquiridas se sentem pessoalmente mais afetadas, tal como acontece globalmente.
A discriminação contra minorias étnicas, raciais ou religiosas é um problema pouco sentido em Portugal, de acordo com o mesmo estudo, tal como a falta de acesso aos cuidados de saúde.
Objetivos pós-pandemia
Após a pandemia, comparativamente ao período anterior ao novo coronavírus, os portugueses dizem ter a intenção de prestar mais atenção à saúde (57%), reduzir o impacte ambiental (51%), passar mais tempo em contacto com a natureza (50%) e economizar dinheiro (50%).
Comprar em lojas (06%), comer carne (07%) ou atualizar o guarda-roupa (08%) estão na cauda das prioridades mencionadas.
O relatório "Healthy & Sustainable Living", com uma periodicidade anual, inclui pela primeira vez os dados de Portugal, resultado da parceria entre a consultora Natural Business Intelligence e a multinacional GlobeScan.
No país, a auscultação aos cerca de mil participantes, de diferentes gerações, com rendimentos diversos e residentes em cidades, vilas e aldeias, foi feita online em junho e julho de 2021.
O estudo pretende contribuir "para a compreensão das perceções, comportamentos e fatores de decisão na aquisição de produtos e serviços por parte dos cidadãos", informação que os promotores do relatório consideram ser "relevante para empresas e instituições".