O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou, este domingo, os Estados Unidos de que Teerão atacará "inevitavelmente" as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para "defender e apoiar" Israel, avança a Efe.
Segundo aquela agência de notícias espanhola, que cita a congénere iraniana, a agência ISNA, Hosein Amir Abdolahian alertou que "se o espaço aéreo ou o território dos países referidos forem utilizados pelos EUA para defender e apoiar o regime de Telavive, a base americana nesse país será inevitavelmente atacada".
O chefe da diplomacia do Irão deu por concluída a resposta de Teerão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, que o governo do seu país atribuiu a Israel, e que matou seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo dois generais.
Hosein Amir Abdolahjan referiu também que os países da região foram informados da operação 72 horas antes do seu início: "Informámos os nossos vizinhos e os países da região de que a resposta da República Islâmica do Irão no quadro da legítima defesa é certa".
O objetivo da ofensiva, lançada na noite de sábado, foi, segundo Abdolajhan, "apenas e só para o regime israelita".
"O facto de nos limitarmos à legítima defesa e ao castigo do regime sionista significa que não definimos qualquer alvo civil na nossa resposta e que as nossas forças não visaram um local económico e populacional", afirmou.
O ministro salientou que, desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, o Irão sempre se opôs ao aumento da tensão na região, segundo a Efe.
Na noite de sábado, o Irão atacou Israel com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, como resposta ao bombardeamento do consulado iraniano na Síria, atribuído a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.
O ataque sem precedentes do Irão a Israel, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.