Josep Maria Bartomeu, antigo presidente do Barcelona, foi detido esta segunda-feira depois de uma manhã de buscas nas instalações do Barcelona, no âmbito do caso "Barçagate", escrevem os meio de comunicação espanhóis.
O caso "Barçagate" foi notícia na época 2019/20 e está relacionado com a contratação de uma empresa de comunicação externa (I3 Ventures) para promover a imagem da direção da altura e descredibilizar várias personalidades do clube, incluíndo jogadores, como Messi e Piqué, e antigo jogadores e dirigentes, com a criação de contas falsas nas redes sociais.
A direção do clube terá contratado a empresa de comunicação uruguaia por um milhão de euros, em cinco pagamentos de 200 mil euros, valor inferior ao limite necessário para precisar de uma aprovação da direção e suficiente para manter os pagamentos secretos.
A investigação pretende perceber se o negócio entre Barcelona e a I3 Ventures foi conduzido de forma legal e de acordo com os estatutos do clube. Em causa estão crimes de fraude e irregularidades na gestão empresarial. Os estatutos do clube não permitem acordos com empresas localizadas em paraísos fiscais, como o Uruguai.
Bartomeu negou envolvimento no caso e uma auditoria deu razão ao dirigente. No entanto, a situação foi um dos maiores motivos que levaram à sua demissão da direção do clube e existirão novos documentos e provas no caso que incriminam o dirigente. Esta manhã, o antigo presidente e mais quarto pessoas foram detidos pelos "Mossos d'Esquadra", entre os quais o diretor-executivo do clube, Òscar Grau.
O dirigente demitiu-se em outubro da direção do clube catalão, na sequência do aumento da contestação dos adeptos pelo momento desportivo vivido, depois da derrota por 8-2 nos quartos de final da Liga dos Campeões e o caso polémico da tentativa de saída de Lionel Messi do clube, para além do escândalo do "Barçagate".
Josep Maria assumiu a liderança do clube catalão em janeiro de 2014, sucedendo a Sandro Rossel, e esteve à frente do clube durante seis anos.
[Atualizado às 11h28]