Panathinaikos: individualidades, pressão e tabelinhas
16-08-2023 - 12:52
 • Luís Aresta

Felipe Pires, ex-Moreirense, já defrontou os gregos, e descreve para a Renascença o adversário do Braga no "play-off" da Liga dos Campeões

O Braga que se acautele com o meio-campo do Panathinaikos e com a qualidade individual dos seus jogadores – o conselho de Felipe Pires, avançado brasileiro que em Portugal representou o Moreirense e que, na época passada, como jogador do Volos NFC, da Grécia, se cruzou três vezes com o adversário do Braga no playoff da Liga dos Campeões.

“Individualmente é uma equipa muito boa. Na minha opinião, coletivamente não tão boa. Tem jogadores que desequilibram, como o Mancini que veio do Aris, tem o Bernard que é jogador de copa do mundo, o Peres que é o volante, o Cerin, que quando joga corre muito e um avançado muito bom e muito forte” diz a Bola Branca, Felipe Pires.

O avançado brasileiro do Dnipro, emprestado ao Volos NFC na última época, descreve o futebol praticado pela equipa treinada pelo sérvio Ivan Jovanovic.

“Não sei como vão fazer com o Braga, porque depende do adversário, mas com o Volos, eles portaram-se pressionando. O lateral-esquerdo sobe muito e o extremo direito também é muito bom. Mas o jogo deles passa muito pelo meio-campo; jogo curto, muito um para dois, muita tabela. É uma equipa muito perigosa pelo meio”, adverte.

Apesar da qualidade da equipa grega, Felipe Pires aponta favoritismo ao Braga no que respeita à fase de grupos da Liga dos Campeões. Em todo o caso, o playoff deve ser levado muito a sério pela equipa portuguesa.

“Já joguei um playoff e sei como é, você pode não estar num bom dia. O Artur Jorge tem vindo a fazer um bom trabalho e na minha opinião o Braga está mais preparado, no plano coletivo e individual. O Horta pode fazer a diferença, como o Bruma ou o Pizzi. Vai ser um grande jogo. Espero que o Braga ganhe e para mim é favorito”, diz o extremo, de 28 anos.

Jovanovic: uma raposa matreira que tem a equipa na mão

Ivan Jovanovic cumpre a terceira época como técnico do Panathinaikos, depois de sete anos a trabalhar nos Emirados Árabes Unidos. A eliminação do Marselha, em pleno “velodrome” é o feito mais recente do experiente treinador sérvio de 61 anoa de idade. Felipe Pires, nesta entrevista à Renascença, aponta as qualidades que fazem de Jovanovic um treinador admirado pelos adeptos e pelos jogadores do Panathinaikos.

“É um treinador que tem muito peso, com muita experiência, que tem o plantel na mão. É muito inteligente e monta a equipa muito bem. Não é treinador de colocar sempre a mesma equipa, vai mudando porque dispõe de muito bons jogadores. Tem uma influência muito grande na equipa, o que faz muita diferença” conclui.