A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) “vai mudar a forma de vermos a Igreja e a fé”. Esta é a convicção de Mariana Frazão, da Direção de Pastoral e Eventos Centrais da JMJ.
"Os jovens vão sentir o sentimento de missão e vão querer chegar a mais pessoas e tentar fazer a diferença nas suas paróquias, nas suas dioceses, na Igreja”, afirma em entrevista à Renascença e à Agência Ecclesia.
“Os frutos vão aparecer e durante muito tempo. Basta olhar para outras Jornadas em, que dizem que 10 anos depois ainda estão a colher os frutos”, sublinha.
Mariana Frazão acredita que a mobilidade durante a JMJ não irá ser um entrave e afirma que se está "a trabalhar para minimizar todos os problemas".
Para esta responsável da jornada de Lisboa, os portugueses vão perceber o que vai acontecer e adianta que, apesar de “poder ser confuso”, existe um esforço das “entidades públicas” em “mostrar e explicar como é que as coisas vão acontecer”. Quanto aos jovens, a responsável adianta que estão habituados "a passar o dia a pé".
Mariana Frazão diz que o normal é “as pessoas converterem-se” à Jornada Mundial da Juventude, que "é algo muito maior do que aquilo que muitos dos portugueses estão à espera". Também por isso, a responsável entende que as polémicas do passado relacionadas com o palco-altar “estão ultrapassadas”.
A responsável acredita que o "sentimento" das pessoas muda quando se vê "as coisas a acontecer; a serem construídas".
Para Mariana Frazão, a Jornada "vai ter um cunho português" e sinal disso será a possibilidade de o Papa Francisco poder ouvir Cante Alentejano. “Não queremos deixar de ter este cunho português e queremos garantir também que aquilo que é Portugal pode estar presente em todos estes momentos”, sublinha.
O que é que os jovens peregrinos podem esperar destas grandes celebrações? Vão ter uma marca portuguesa?
Vão, sem dúvida nenhuma. Antes da marca portuguesa, há a alegria e união que vamos viver, já nestes dias que antecedem a Jornada Mundial da Juventude. Só o receber as fotografias dos jovens que saem dos seus países e das suas casas já nos enche o coração. Quando os virmos todos juntos, ainda mais, acredito. Relativamente a Portugal: é uma Jornada Mundial da Juventude, Portugal é a casa escolhida, claro que vai ter um cunho português, mas não nos podemos esquecer de que é internacional e é para todos os que vêm.
Vai ser possível ouvir várias línguas nas celebrações, por exemplo?
Exatamente, exatamente.
Os eventos centrais decorrem no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, que estiveram associados a diversas polémicas sobre os altares-palcos. Sente que essa situação está superada?
Sim. Acredito que a Jornada Mundial da Juventude é algo muito maior do que aquilo que muitos dos portugueses estão à espera. Claro que é estranha a dimensão, nenhum de nós imagina aquilo que vai acontecer, quantas pessoas vêm... Acho que, nesta fase, em que começamos a ver este calor a chegar, está tudo ultrapassado: ver as coisas a acontecer, a ser construídas, muda um bocadinho sentimento.
E está tudo afinado para a Jornada?
Exatamente!
O que mais que mais preocupa neste momento a organização destes eventos: a parte mais religiosa, a parte dos eventos centrais ou a parte mais cultural?
Se olhar para trás, não estava a pensar ainda em quais seriam as preocupações que eu teria nesta fase. Claro, começamos a pensar que temos de estar no palco, temos de ensaiar no palco, temos de ter o som, etc. Mas, de facto, as coisas já estão a acontecer. E. na semana que estamos a viver, os jovens já estiveram no palco ensaiar alguns dos eventos e isso já nos permite ver as coisas acontecer: são eles a pisar o palco, a ensaiar esses eventos centrais.
A programação da jornada tem uma dimensão espiritual e cultural que pretende chegar a toda a cidade. Acredita mesmo que não vai haver espaços vazios durante a semana?
Acredito, sim. O Festival da Juventude, mais de 100 espaços espalhados pela cidade de Lisboa e por outras autarquias, que se juntaram, como Loures, Oeiras, Cascais e Setúbal, são 480 eventos de 55 países. Só essa programação, juntando os encontros "Rise Up" e os eventos centrais, não há forma de deixarmos a cidade vazia com tantos peregrinos e tantos portugueses que vêm para a Jornada Mundial da Juventude.
Do conjunto de iniciativas previstas, haverá algumas que queira destacar?
Um bocadinho aquilo que vai acontecer desde o Festival da Juventude, como dizia, também à Cidade da Alegria, onde vamos poder ter 150 stands com movimentos e congregações do mundo inteiro, que querem dar a conhecer o trabalho que fazem nos seus países. Depois, também o Parque do Perdão, em que envolvemos os estabelecimentos prisionais portugueses a fazer esses confessionários: queremos garantir que estão todos envolvidos, neste caminho da Jornada, não podemos deixar de os chamar e de voltar a lembrar-nos das pessoas que tiveram de construir estes confessionários.
E vamos ter cante alentejano para o Papa?
É verdade. Não queremos deixar de ter cunho português nestas celebrações e nestes eventos centrais e garantir também que aquilo que é Portugal pode estar presente em todos estes momentos.
Imagino que, até do ponto de vista prático, que a guerra inflação tenham tido os seus efeitos e provocado algumas limitações. Que contributo deram entidades públicas e privadas neste projeto?
Desde o momento zero, e ainda nem estava envolvida na Jornada Mundial da Juventude, todas as entidades públicas estavam a querer fazer parte da Jornada. Claro que foi um caminho muito longo, mas, ao longo do tempo, estiveram desde o primeiro momento e quiseram participar connosco, fazer parte do Festival da Juventude, dos eventos centrais, da preparação de cada um deles. Isso é algo que nos alegra muito, podermos contar com cada um deles, também.
O facto de ser o primeiro encontro mundial deste género, depois da pandemia, dá uma dimensão especial a esta JMJ?
Sim, eu acho que depois de uma pandemia, em que os jovens estiveram muito tempo em casa, não podemos deixar de garantir que vamos falar disso, que vamos abordar esses momentos. Porque os jovens também estão sedentos de se encontrarem: acreditamos que esta alegria que vamos viver, que é normal numa Jornada Mundial da Juventude, depois de uma pandemia, ainda será maior - com uma guerra, com uma crise económica, ainda vamos ter mais este sabor da união e da diversidade daquilo que vamos viver nas próximas semanas.
Vamos ter em palco artistas portugueses, coro, orquestra, o Ensemble 23 com participantes de todo o mundo. Como foi o desafio de dar vida a todo este programa?
Agora que já vejo a acontecer, o desafio é espetacular. Foi um processo muito longo o de pensar nos conceitos e depois começarmos a ver como é que podemos viver a Jornada Mundial da Juventude em diferentes momentos, ou seja, no coro, que são jovens dioceses todas e garantir que as dioceses estão presentes na Jornada Mundial da Juventude; no Ensemble 23, em que são 22 países a ensaiar, a viver juntos e que é quase uma família que está já a construir os eventos. Depois, garantir que tudo isto casa com artistas que fazem parte do país e que mostram aquilo que é a cultura portuguesa.
Muitos destes eventos são abertos, não é?
Certíssimo.
Acredita que esta programação e esta diversidade podem cativar até aquelas pessoas que agora estão a olhar para tudo isto com alguma desconfiança, a pensar mais nas contingências que ela vai provocar?
Sim, acredito que sim. Também olhando para histórico das outras jornadas, é um bocadinho isso que acontece em todos os países. As pessoas estão um bocadinho reticentes, não sabem o que é que vai acontecer e, depois, quando começam a ver tantos jovens, com tanta alegria, espetáculos vindos do mundo inteiro - o Festival da Juventude são 55 países que vão estar representados em cada uma destas iniciativas - as pessoas convertem-se também à Jornada Mundial da Juventude. Acreditamos que esta oferta cultural vai ajudar as pessoas a poder viver e saborear um bocadinho do que é a jornada Mundial da Juventude.
Há uma ideia de fundo de que a festa seja feita de jovens para jovens. Houve muito entusiasmo, por parte dos peregrinos, para mostrar a sua própria cultura e espiritualidade?
Sim, nós podemos ver isso já naquilo que vivemos, por exemplo, nos encontros "Rise Up", que temos feito, em que estivemos a fazer um caminho preparatório...
O que são os encontros Rise Up?
Os encontros "Rise Up" vão acontecer nas manhãs de quarta, quinta e sexta-feira. A ideia é juntar jovens por países, em diferentes paróquias, auditórios, espaços grandes, para discutir alguns temas que são muito queridos ao Santo Padre: a ecologia integral, a amizade social, a misericórdia.
Vamos juntar esses jovens com um bispo e com uma equipa de animação, muito neste método sinodal de todos podermos falar, expressar aquilo que vivemos, e rezarmos juntos. Não podemos esquecer que, até chegarmos à Jornada Mundial da Juventude, quisemos fazer um caminho em que propusemos três encontros e os países já puderam começar a discutir isso. Ver o "feedback" que fomos recebendo, de todos os cantos do mundo, a dizer aquilo que foram sonhando e podermos usar isso para os conteúdos da semana é algo que nos mostra que todos eles querem dar o seu cunho à Jornada Mundial da Juventude.
Durante a semana, há um fio condutor, um tema para cada dia?
Sim, nós saímos e partimos do Evangelho, fizemos uma palavra que vem desse Evangelho para cada um dos dias. É claro que, nos dias dos eventos centrais, em que estamos no Parque Eduardo VII, temos “parte”, “apressa-te”, “alegra-te” e “acredita”. É muito fácil pensarmos no “acredita” no dia da Via-Sacra, por aquilo que é a Via-Sacra e aquilo que vamos viver. Quando passamos para o Parque Tejo, temos “agradece” e o “levanta-te”. Nesses dias, através dessa palavra, vêm as orações da manhã, da tarde e da noite, os eventos centrais também foram pensados a partir disso. Por isso, quisemos garantir que há um caminho espiritual para todas as pessoas que vão viver a Jornada Mundial da Juventude, que todos juntos estamos a viver o mesmo e a rezar o mesmo.
E é importante também sublinhar a capacidade de escuta. Ou seja, é importante os jovens sentirem que vão ser ouvidos nestes encontros?
Sim. Isso é uma das coisas que nós queremos garantir: que esta Jornada Mundial da Juventude é para todos e que conseguimos ouvir todos e deixar a marca dos jovens. Como nós falamos ainda há pouco, depois de uma pandemia com uma guerra com uma crise económica, sabemos que os jovens também querem falar e também se querem dar a conhecer e aquilo que são aqueles os seus medos. E nós quisemos garantir isso também, não só nos encontros rise Up, mas também nos eventos centrais e em todos os momentos que vamos que viver.
E para eles é possível que este seja também o momento em que se sintam efetivamente ouvidos sobre aquilo que vem da reflexão da ecologia integral, da economia de Francisco até aos temas de espiritualidade. A JMJ é o momento em que os jovens podem sentir que fazem a diferença?
Sim. Posso dar um exemplo em alguns dos eventos centrais, nós fizemos questão de falar com jovens do mundo inteiro para ouvir aquilo que são as preocupações deles e, a partir daí, também construir aquilo que é o conteúdo dos eventos centrais. Claro que há uma base, mas não queremos deixar de os escutar e de ouvir as suas preocupações.
E foi um caminho também que nos foi dando muitas luzes para aquilo que é e que vai ser a Jornada Mundial da Juventude, mas garantir que os jovens na realidade têm todos as mesmas preocupações, sejam eles de que canto do mundo forem, e por isso também nos ajuda a construir este caminho de acordo com o que são as preocupações e vontades dos jovens nos temas.
Tenho a ideia, por exemplo, de que a Via Sacra vai ser um momento particular em que isso se vai notar. Em que as reflexões que vão ser apresentadas vão ao encontro dessa manifestação das dificuldades da condição juvenil em todo o mundo?
Exatamente. A Via Sacra é um bom exemplo. O acolhimento também. Quisemos garantir que os jovens são ouvidos e que podemos perceber um bocadinho aquilo que eles sentem para que todos sintam também o que vai ser visto no palco. Ou seja, que seja cantado pelo coro que seja tocado pela orquestra, que seja o elenco do ensemble 23 a dançar a representar o que o que quer que seja nos eventos, mas que todos eles podem sentir fazendo parte deste corpo que vai ser Jornada Mundial da Juventude.
Apesar desta enorme diversidade de proposta cultural, de concertos, exposições do cinema, teatro; a JMJ não é propriamente um Festival de Verão, embora de facto impressione pela diversidade das suas propostas. Essa dimensão, digamos assim, mais espiritual, de até a dimensão religiosa, tem uma capacidade de chegar aos jovens católicos, e não só que estejam à volta deste evento?
A cultura é uma forma de chegarmos aos jovens também através da mensagem que nós queremos passar e garantir que a arte é uma forma de podermos todos rezar. E nós não nos podemos esquecer disso. Claro que é um Festival de Verão em versão gigante, mas que cada proposta que existe foi escolhida de acordo com a Mensagem que se quer passar e com aquilo que pode fazer diferença nos jovens. Sejam católicos ou não católicos. Claro que não nos podemos esquecer que é uma Jornada Mundial da Juventude, organizado pela Igreja.
A própria temática escolhida - "Maria levantou-se e partiu apressadamente" - faz, por exemplo, que muitas exposições estejam dedicadas à Virgem Maria...
Exatamente, mas queremos garantir que também podemos envolver todos. Os temas como há bocado falava da Via Sacra, são para todos os jovens, independentemente da sua crença. Isso é algo que podemos ver que vai acontecer na Jornada Mundial da Juventude, em qualquer uma das ofertas culturais que vamos ter.
Mariana, todo este movimento não se esgotará no dia 6 de agosto e sabemos que muitas vezes o entusiasmo à volta da festa pode ser contagiante. O que é que podemos esperar dos jovens portugueses depois da Jornada Mundial da Juventude?
Eu acredito que a Jornada Mundial da Juventude vai mudar a forma de vermos a Igreja e a fé. E acredito que os jovens a partir daqui vão-se sentir, de facto, este sentimento de missão, e este sentido de se levantar e partir apressadamente para quererem envolver mais e mais e chegar a mais pessoas, a mais escadas e, acima de tudo, poder fazer diferença nas suas paróquias, nas suas dioceses, na Igreja. E por isso acredito que a partir daqui vai vão nascer muitas coisas e os frutos vão aparecer e durante muito tempo. Basta olhar também para outras jornadas que dizem que 10 anos depois ainda estão a colher os frutos daquilo que foi jornada Mundial da Juventude nos seus países.
Sente que já nos estamos a preparar para o dia seguinte à Jornada?
Sim. Às vezes não é fácil olhar para isso com tantas preocupações e tanta correria.
Porque o foco ainda está muito no que vamos viver, não é?...
Claro que sim. E é uma coisa muito grande, mas, de facto, quando acabar, e depois deste descansar, acredito que a vontade de continuarmos este caminho é muito grande.
Eu vou aproveitar aqui para falar das preocupações, sobretudo tendo em consideração que, além dos eventos centrais, estamos a falar de dezenas de localizações, por exemplo, para o Festival da Juventude. O plano de mobilidade e sobretudo as dificuldades e as contingências que podem existir, é algo que preocupa a organização?
Nós não nos podemos esquecer que os jovens que vêm estão habituados a isso. Acredito que a cidade de Lisboa não está habituada a isto, porque todos nós não estamos habituados a ter tanta gente e não há forma de imaginar.
Agora, estes jovens vêm com uma vontade de estar e de participar muito diferente daquilo que dizia há pouco num Festival de Verão. Ou seja, eles sabem que vão passar o dia a pé e sabem que é assim que se vão deslocar e que têm uma abertura de espírito e de vontade de ajudar também que não é normal num evento. Por isso, claro que vão existir confusões e trânsito e falta de transportes, mas é uma coisa que nós enquanto Jornada Mundial da Juventude temos de tentar conter e minimizar, principalmente para aqueles que são os lisboetas. E todos os outros envolvidos nas outras dioceses.
A questão da mobilidade não será um problema para os jovens participantes. Poderá sê-lo para quem possa assistir ou para quem vive nas imediações?
Eu acredito que o trabalho que temos feito com as entidades públicas também ajuda a mostrar a todos aqueles que vivem perto da cidade de Lisboa, como é que podemos fazer isto. Sabemos que vai ser confuso, sem dúvida nenhuma, mas também o trabalho que as entidades públicas têm feito de mostrar e de explicar como é que as coisas vão acontecer,também podem facilitar um bocadinho os portugueses de perceber um bocadinho a dimensão e como é que nos podemos deslocar ao longo da semana.
Receou-se pela demora na apresentação do plano de mobilidade. Do que conhece do plano está descansada?
Sim. Eu não posso dizer que não esteja descansada, porque de facto é um trabalho de muito, muito tempo. É um plano que foi apresentado, sem dúvida nenhuma a semana passada, mas sabemos que foi apresentado na semana passada, depois de um longo trabalho com todas estas entidades e por isso estamos descansados e estamos a continuar a trabalhar para minimizar todos estes problemas que podem acontecer ao longo da semana.
É um gigantesco puzzle! E pergunto só porque imagino que seja uma preocupação grande para a organização: por exemplo, colocar o grupo linguístico X no encontro "Rise Up" Y e tentar que todos os espaços estejam ocupados de uma forma racional, deve ser um esforço gigantesco?
É um pequeno puzzle de muitas, muitas peças, que está praticamente acabado e por isso com alguma demora fomos fazendo essas peças todas que vamos trabalhando. Acolhemos as indicações do Dicastério dos Leigos, Família e Vida, dos bispos que vão estar presentes; ficamos a saber quais é que são os grupos de animação e de que idiomas, e depois tentamos juntar isso para um sítio onde as pessoas vão ficar a dormir com os espaços que existem disponíveis e por isso é algo que demorou, mas acredito que vai funcionar.
E esperamos que no final fique um quadro bonito...
Exatamente.
Tenho uma pergunta a fazer que tem mais a ver com o percurso pessoal. Falava ainda há pouco do momento zero em que nem sequer estava ligada à organização. Como é que isto aconteceu na sua vida?
Eu lembro-me perfeitamente de estar em casa e ver a notícia a anunciar que a Jornada Mundial da Juventude ia acontecer em Lisboa e na altura foi um festejar, sem perceber muito bem naquilo que se calhar nos estávamos a meter. E acho que é um bocadinho o sentimento de todos nessa fase.
Depois, a partir daí, fomos começando a ouvir. Surgiu um convite que não tinha noção da dimensão disto, sem dúvida nenhuma. Lembro-me na altura em que olhava para as imagens, e estudava as Jornadas Mundiais da Juventude anteriores, e vinha já um frio na barriga, quase de ver tanta gente. Mas à medida que nos vamos envolvendo e vamos conhecendo pessoas que estão a trabalhar também, percebemos que já estamos a viver a Jornada Mundial da Juventude. Já estamos a viver quando olhamos para tantos jovens que dão a sua vida para estarem connosco a preparar a Jornada, e que largam tudo para vir.
E muitas vezes vêm com grande esforço financeiro...
Exatamente. E é de facto uma graça muito grande podermos viver isso em conjunto. Este momento surgiu com uma grande dúvida, mas também não havia forma de dizer que não. Ou seja, somos todos chamados a ajudar e somos todos chamados a construir este grande acontecimento.