Na Venezuela, os funcionários públicos vão deixar de trabalhar às sextas-feiras para poupar energia e água. O Presidente Nicolás Maduro anunciou que este novo regime vai vigorar por dois meses.
O decreto sai esta quinta-feira na gazeta oficial e entra em vigor já na sexta. Esta foi uma das formas encontradas pelas autoridades para lutar contra a seca provocada pelo fenómeno meteorológico El Nino.
O decreto estabelece "todas as sextas-feiras como dia não laboral, a partir da sexta (8) desta semana" e até o dia 6 de Junho, disse Maduro, numa mensagem divulgada pela televisão estatal e citada pelo jornal brasileiro “O Globo”.
Depois de fazer um "apelo à consciência nacional" para que todo o país apoie a iniciativa, Maduro também ampliou para nove horas diárias o racionamento eléctrico para centros comerciais e hotéis, que já vigorava desde Fevereiro passado.
O governo venezuelano declarou toda a passada Semana Santa como feriado para poupar água e electricidade, admitindo que o país enfrenta "uma situação extrema" pela queda dos níveis das 18 barragens do país.
Segundo o mesmo jornal, Maduro exigiu também que as indústrias estatais reduzam o consumo de energia em 20%, do mesmo modo que a administração pública.
A Venezuela, que viveu uma dura crise eléctrica em 2010, ainda sofre constantes apagões, especialmente nas províncias.