A embaixada da Rússia em Portugal reagiu, esta quinta-feira, à polémica partilha de dados pessoais de três ativistas russos pela câmara municipal de Lisboa,
Numa publicação na rede social Facebook, a embaixada escreve que a "excitação em causa, está sem dúvida alimentada pelo desejo dos tais ativistas de atrair atenção mediática a si próprios através da politização generalizada e provocações deploráveis".
"Não interessam nem à Embaixada em Lisboa, nem a Moscovo os tais indivíduos com imaginação malsã. Temos outras prioridades que constituem o trabalho construtivo em prol do desenvolvimento da cooperação russo-portuguesa", lê-se no mesmo comunicado. "Assim, a senhora “ativista” pode voltar tranquilamente para casa", acrescenta.
Em causa está a partilha de dados pessoais de três participantes numa manifestação em solidariedade com o opositor russo Alexey Navalny à embaixada russa de Lisboa e ao Governo russo.
A embaixada diz ainda conhecer "bem a abordagem muito rigorosa das autoridades portuguesas ao processamento dos dados pessoais".
Fernando Medina já lamentou o sucedido e expressou, esta quinta-feira, "um pedido de desculpa público aos promotores da manifestação".
"É uma situação que não devia ter acontecido por várias razões, a principal das quais é que Lisboa tem orgulho em ser um espaço de liberdade, de segurança, de expressão e de valorização dos direitos humanos, do direito à manifestação que tanto nos custou conquistar e que tanto prezamos", explicou o autarca, em declarações ao jornalistas.