O Governo russo confirmou esta segunda-feira a morte de mais de 60 militares num ataque do Exército ucraniano com foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS) contra uma cidade da região de Donetsk.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que 63 soldados foram mortos no ataque, que atingiu um ponto de implantação temporário na cidade de Makivka.
O Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Assuntos para os Crimes de Guerra da Ucrânia também confirmou que as Forças Armadas ucranianas realizaram vários ataques de artilharia contra a cidade de Donetsk.
Em setembro, Putin anunciou a anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, todas parcialmente ocupadas como parte da invasão.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.884 civis mortos e 10.947 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.