O presidente do Sporting, Frederico Varandas, acredita que é inevitável que os clubes portugueses continuem a basear o seu modelo de negócio nas transferências para o estrangeiro. Nesse sentido, a prioridade é não perder jogadores a custo zero.

"Ninguém gosta de vender, mas hoje o produto Sporting é altamente reconhecido na Europa. Bruno Fernandes, Palhinha, Nuno Mendes, Porro, Ugarte. Por isso temos de evitar perder jogadores importantes a custo zero. Evitamos isso a todo o custo", disse, nas suas declarações no "Thinking Football".

Varandas explica que os clubes portugueses têm "receitas operacionais incomparavelmente menores do que os outros" e, por isso, "para ombrear é preciso vender".

O dirigente considera que o Sporting hoje é "incomparável" ao que encontrou quando assumiu funções como presidente.

"Voltamos a ser fortes desportivamente e somos mais fortes do ponto de vista estrutural e organizacional. Tudo isto alcançado porque o Sporting adquiriu uma condição essencial para poder crescer: estabilidade. Estamos perto dos 100 mil sócios, é prova que mais importante do que um resultado desportivo de uma época é o projeto e o trajeto", atira.

A favor da centralização, mas sem perder o que tem

Questionado sobre o processo de centralização dos direitos televisivos, já aprovado e em discussão no seu modelo, Varandas sublinha que o clube apoia o processo.

"O Sporting já era favorável antes de ser uma realidade e uma imposição governamental. Se competirmos numa liga mais forte, seremos mais fortes. É um passo fundamental, mas é crucial que nenhum clube perca o que já tem. Somos a favor, mas obviamente interessados em não perder o que temos adquirido até hoje", atira.