O presidente do Chega revelou esta tarde aos jornalistas que o partido vai contar com atuais e antigos deputados do PSD nas listas à assembleia da República nas eleições de 10 de março.
Na véspera do congresso do partido, André Ventura diz que há muitos deputados descontentes e que se foram aproximando do Chega nos últimos tempos.
“Há vários nomes ligados ao PSD que estarão nas listas do Chega nas próximas legislativas. Quero deixar claro que não é um ataque à estrutura do PSD. São pessoas, atuais e antigos deputados do PSD que se foram aproximando e cujo trabalho parlamentar apreciámos”, referiu André Ventura, que mais adiante chegou mesmo a dizer que há nomes que vão ser cabeças de lista pelo partido em alguns distritos.
André Ventura foi questionado sobre o até ontem deputado do PSD, Maló de Abreu, que foi noticiado pelo Observador como a caminho das listas do Chega. Sobre o assunto, Ventura diz que “veria com bons olhos uma eventual candidatura de Maló de abreu nas nossas listas”.
O deputado que abandonou o PSD, contactado pela Renascença, desmente que vá integrar qualquer lista do Chega nas próximas legislativas.
Na véspera do arranque do congresso do Chega, André Ventura revelou ainda que, para além do PSD, o Chega vai ainda ter nas listas antigos militantes da Iniciativa Liberal.
“É um processo que começou com a Iniciativa Liberal com antigos militantes que passaram para o Chega e vão integrar os órgãos nacionais do partido. É um movimento normal, uma vez que o crescimento do Chega só pode ser feito com o eleitorado que votaria no PSD ou na IL”, conclui.
Líder parlamentar do PSD não comenta saída de Maló de Abreu
O líder parlamentar do PSD recusou esta tarde comentar as razões que levaram Maló de Abreu a abandonar o PSD e o lugar de deputado.
Numa nota à Lusa, António Maló de Abreu justificou na quarta-feira a sua saída do PSD e da bancada social-democrata por não se rever na estratégia da direção do partido e “na inação” da liderança da bancada, nomeadamente quanto às comunidades portuguesas.
“Fundamentalmente e verdadeiramente importante, não me revejo, de todo, na estratégia e na forma de se organizar o partido e de agir da sua direção. E não me revejo nas suas propostas em áreas sensíveis da governação”, referiu o deputado.
Esta manhã, questionado pelos jornalistas, Miranda Sarmento recusou comentar, dizendo apenas que é um assunto pessoal, mas na reunião da bancada abordou o tema para dizer que não deixou ninguém de lado.
“Não tenho de me pronunciar, já falei no grupo parlamentar. Maló de Abreu invocou dois motivos e não tenho de comentar uma decisão pessoal de um deputado que já não pertence ao PSD” disse Joaquim Miranda sarmento aos jornalistas.
Esta foi a última reunião da bancada parlamentar do PSD antes da dissolução do parlamento, Joaquim Miranda Sarmento revelou ainda que vai integrar as listas como deputado e remete o sue futuro para as escolhas do líder do partido, Luis Montenegro