O governo de Israel pediu hoje, em comunicado, aos seus cidadãos no Egito e na Jordânia que abandonem estes dois países "o mais rapidamente possível".
Em causa está o "aumento das manifestações contra Israel", referem as autoridades israelitas, que já haviam emitido um alerta semelhante, de nível 4 (o mais elevado) para a Turquia.
O alerta de risco para os israelitas no exterior subiu para o nível 3 em Marrocos, com o governo de Israel a aconselhar os cidadãos do país a não viajarem para lá.
"Devido à continuação da guerra e ao aumento significativo, nos últimos dias, das manifestações contra Israel e das manifestações de hostilidade e violência contra os símbolos israelitas e judeus, todo o Médio Oriente e os países árabes não são recomendados para os israelitas", advertiu o Conselho de Segurança Nacional de Israel, em comunicado.
Segundo as autoridades de Telavive, mais de 1.400 pessoas foram mortas em território israelita por combatentes do movimento islamita Hamas desde 7 de outubro, a maior parte das quais civis que foram abatidos a tiro, queimados vivos ou mutilados no primeiro dia do ataque dos combatentes do movimento islamita palestiniano a partir de Gaza.
Entretanto, hoje o diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou que pelo menos 17 funcionários foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, considerando "provável que o número real seja mais elevado".
Alguns "foram mortos nas suas casas enquanto dormiam com as suas famílias", acrescentou, em comunicado.
"Gostaria de sublinhar que, desde o início da guerra, em 7 de outubro, a UNRWA tem fornecido regularmente a todas as partes interessadas a geolocalização de todas as suas infraestruturas na Faixa de Gaza. No entanto, até agora, pelo menos 35 edifícios foram atingidos, alguns por ataques diretos", lamenta Philippe Lazzarini.
"Na Faixa de Gaza, os ataques aéreos e os bombardeamentos incessantes, associados às ordens de evacuação das forças israelitas, provocaram a deslocação de um milhão de pessoas e a morte de demasiados civis", afirma Philippe Lazzarini, que apela a "um cessar-fogo humanitário urgente".
O responsável sublinhou que as instalações da sua agência "estão agora sobrelotadas", com 500.000 pessoas refugiadas.
"Mais uma vez, recordo a todas as partes a sua obrigação legal e inegociável de proteger a vida dos civis, onde quer que se encontrem, em todas as circunstâncias, e de se absterem de ataques a infraestruturas civis, incluindo escolas, hospitais, locais de culto e casas de civis, incluindo as dos funcionários da UNRWA", instou.
Segundo o exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas.
Na Faixa de Gaza, 4.137 palestinianos, na sua maioria civis, foram mortos nos bombardeamentos incessantes levados a cabo em retaliação pelo exército israelita, segundo o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza.