O primeiro-ministro acusou esta segunda-feira Pedro Passos Coelho de ter defendido que a Comissão Europeia chumbasse o Orçamento do Estado (OE2016).
"Todas as noites acendem uma velinha a ver quando é que uma agência de 'rating' vem dizer que não pode ser, que este Governo não pode existir", criticou o primeiro-ministro no debate sobre o OE2016.
Ainda assim, "o momento mais triste" desde a apresentação do esboço orçamental a Bruxelas, considerou, "foi ver o líder do PSD no Parlamento Europeu levantar a sua voz, não para defender Portugal, não para defender as empresas portuguesas, não para defender os portugueses, mas para defender que a Comissão Europeia chumbasse o orçamento de Portugal".
"Quando ouvirmos o dr. Passos Coelho dizer outra vez, com a sua voz maviosa, dizer que pediu aos seus correligionários para não atacarem o governo português, nós devemos saber bem o que significa: que deu tiro de partida para a perseguição ao Governo português por uma única e exclusiva razão; que é Governo do PS e que conta com o apoio do PCP, do BE e do PEV como se a Europa não fosse uma Europa democrática onde cada eleito tem de ser respeitado e cada país soberanamente se autodetermina", afirmou.
O primeiro-ministro acusou a direita de tentar ganhar em Bruxelas aquilo que perdeu no Parlamento. Mas “isso não aconteceu”, concluiu.