O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior pede “seriedade” e “serenidade” e que se evitem “julgamentos precipitados”.
O apelo foi deixado, esta sexta-feira, em comunicado pelo ministério tutelado por Elvira Fortunato na sequência das notícias que dão conta de “eventuais casos de assédio moral e sexual” na Universidade de Coimbra.
“A importância do assunto e o respeito pelos seus intervenientes requer que este seja tratado com a seriedade e serenidade adequadas, evitando-se julgamentos precipitados e sem fundamentação de provas”, pode-se ler no comunicado.
Na nota enviada às redações, o ministério do Ensino Superior garante, ainda, que “não recebeu qualquer queixa de assédio moral e sexual” e promete penalizar os responsáveis, caso se confirmem as suspeitas.
“O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior aguarda, no entanto, o desenrolar e as conclusões de processos de acompanhamento e de investigação que possam vir a ser iniciados no sentido de apurar a verdade e, caso se confirmem as suspeitas suscitadas, penalizar eventuais responsáveis por práticas e comportamentos contrários ao espírito que deve pautar as instituições”, refere.
O sociólogo Boaventura de Sousa Santos e o antropólogo Bruno Sena Martins foram esta semana acusados de assédio sexual por três investigadoras do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
As acusações das agora ex-alunas do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra foram, entretanto, negadas por parte do diretor emérito Boaventura Sousa Santos de 82 anos e do professor Bruno Sena Martins.
AS denuncias estão a ser investigadas pelo Centro de Estudos Sociais de Coimbra que, em comunicado, garante estar “comprometido com o tratamento diligente deste tipo de ocorrências”.