O incêndio que deflagrou na segunda-feira de madrugada no concelho de Castro Marim, no Algarve, está "em resolução", indica o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
As chamas foram dadas como controladas pelas 16h10 desta terça-feira.
No terreno continuam a combater as chamas estão 530 operacionais, apoiados por 190 viaturas, cinco meios aéreos e 12 máquinas de rasto.
Em declarações à Renascença, o comandante José Sousa, da Proteção Civil nacional, disse que todos os meios vão permanecer no local até quarta-feira para a operação de rescaldo.
“Os trabalhos vão demorar ainda algum tempo. Provavelmente, os meios vão permanecer no local durante todo o dia de amanhã em vigilância ativa e em trabalhos de rescaldo”, explica o comandante.
José Sousa adverte que o vento é a principal preocupação e pode voltar a trazer problemas, mas por agora a situação é calma.
As pessoas obrigadas a sair das suas casas estão agora regressar às habitações, sublinhou.
O incêndio deflagrou pelas 01h00 da madrugada de segunda-feira, em Castro Marim, e devastou cerca de nove mil hectares, de acordo com o balanço realizado esta terça-feira ao final da manhã.
Até ao momento, 81 pessoas de 12 localidades foram retiradas de suas casas por prevenção, referiu o comandante distrital de Faro, Richard Marques.
O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António afirma que a área ardida no incêndio que lavra em três concelhos algarvios é de uma extensão “muito grande”, salientando que em edificações os estragos não são muito relevantes.
“Para já, nada de muito importante em termos de edificações, embora seja cedo para fazer essa avaliação”, disse Luis Romão à agência Lusa, quando questionado acerca do impacto ao nível das habitações.
Devido ao incêndio, que se estendeu aos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, também 80 cães e 110 gatos foram retirados do e levados para os canis de Loulé e Tavira.
Os agricultores afetados pelo incêndio nos concelhos de Castro Marim, Tavira e Vila Real de Santo António já podem reportar os prejuízos causados, anunciou hoje o Ministério da Agricultura.
[notícia atualizada às 17h54]