O Banco de Portugal melhorou as suas estimativas para 2020. Ainda assim, a instituição liderada por Mário Centeno espera uma recessão económica de 8,1%, devido à pandemia de Covid-19, melhor do que os 9,5% projetados em junho, segundo no Boletim Económico divulgado esta terça-feira.
"A economia portuguesa cairá 8,1% em 2020, reflexo de uma queda homóloga de 9,4% no primeiro semestre e de uma recuperação na segunda metade do ano, que se traduz numa variação homóloga de -6,8%", pode ler-se no documento.
A projeção agora apresentada revê 1,4 pontos percentuais em alta a previsão de junho, reflexo de um impacto mais reduzido do confinamento na economia portuguesa e de uma reação das empresas e famílias melhor do que a antecipada, adianta o banco central.
Em relação à taxa de desemprego, o regulador prevê que seja de 7,5% em 2020, uma revisão em baixa face aos 10,1% de junho.
O Boletim Económico aponta que, devido à contração da atividade decorrente da pandemia, haja um aumento da taxa de desemprego para 7,5% em termos médios anuais, face aos 6,5% em 2019, valor que representa uma revisão em baixa face à divulgada em junho.
"A especificidade da crise pandémica implicou uma diminuição da taxa de desemprego no primeiro semestre de 2020, num quadro de uma redução significativa da população ativa. Com a normalização gradual das circunstâncias associadas à pandemia, projeta-se um aumento da taxa de desemprego e da população ativa na segunda metade do ano", lê-se no documento do banco central.