Marcelo, a "carta fora do baralho", o "portador de afectos". Dez frases sobre uma candidatura
09-10-2015 - 15:45

Há muito tempo que Marcelo era protocandidato a Belém. O que disse nos últimos dois anos o antigo líder do PSD sobre o tema?

O professor catedrático e comentador Marcelo Rebelo de Sousa apresenta esta sexta-feira, em Celorico de Basto, no distrito de Braga, onde está recenseado, a sua candidatura à Presidência da República.

O que disse nos últimos dois anos o antigo líder do PSD sobre a sua eventual candidatura a Belém?


"O encanto da vida está nisso, em cada discordância que surge há uma potencial candidatura a uma concordância no futuro. E em cada concordância presente há o risco de uma eventual discordância no futuro. É o encanto do PSD." 22-02-2014

"Não me peçam para a uma distância apesar de tudo tão significativa para dizer que vou ou que não vou [ser candidato à Presidência da República]. (...) Neste momento não é uma questão que povoe minimamente a minha mente." 17-06-2014

"Da óptica da direcção do partido, eu sou uma carta fora do baralho [numa candidatura às presidenciais de 2016]. Mas eu nunca mais digo nunca." 24-08-2014

"A direita tem de fazer uma reflexão sobre se quer avançar para o abismo ou se quer ter chances para as legislativas ou presidenciais e é uma decisão que os responsáveis, a começar pelos do PSD e do CDS, têm de tomar." 06-01-2015

"O próximo PR [Presidente da República] vai ser chamado a ter um desempenho mais interventivo do que aconteceu no passado recente pela razão de que, olhando à volta, não se vê facilmente que haja maiorias absolutas." 22-03-2015

"Naturalmente eu já disse o que penso e vê-se que tenho ideias sobre qual deve ser o magistério do Presidente da República e a actuação do Presidente da República. Acho que neste momento já não é mau. É como o código postal: é meio caminho andado." 09-05-2015

"Pode acontecer que os próximos cinco anos sejam um ciclo com um só Presidente da República, mas com dois ou três governos." 24-06-2015

"Numa situação de gestão difícil, aquilo que eu penso que se espera do futuro Presidente da República é que, além de cumprir a sua missão da gestão da situação de governabilidade e estabilidade, seja um fomentador de esperança das pessoas e um portador de afectos." 24-07-2015

"Se [a função do Presidente da República] for vivida com alegria, melhor. Se for vivida com cara de cemitério é menos bom mas pode ser que dê resultado, dar esperança com cara fúnebre." 24-07-2015

"Uma coisa é ter o cenário claro na cabeça [sobre uma eventual candidatura à Presidência da República], ponderado e decidido, outra coisa é falar dele, que é certamente fora da TVI. Não faria sentido confundir o comentador com o potencial actor político." TVI, 06-10-2015