A plataforma de streaming de música Spotify anunciou, esta segunda-feira, que planeia cortar em 6% a sua força de trabalho, o que envolve o despedimento de cerca de 600 trabalhadores, segundo a Reuters.
A tecnológica, que é a mais recente empresa do setor a anunciar despedimentos em massa, referiu ainda que assumirá um encargo de até cerca de 50 milhões de dólares com os despedimentos.
Depois de dois anos de crescimento motivado pela pandemia, durante os quais aumentou os contratos, a indústria tecnológica está agora a enfrentar um declínio da procura e as empresas do setor - da Meta Platforms Inc à Microsoft Corp - estão a pôr em marcha processos de lay-off envolvendo milhares de postos de trabalho, como tentativa de controlar os custos.
“Nos últimos meses fizemos um esforço considerável para conter os custos, mas simplesmente não foi suficiente", disse o chefe do executivo, Daniel Elk, numa publicação no blog da empresa. "Fui demasiado ambicioso em investir antes do crescimento das nossas receitas", lamentou.
As despesas operacionais da tecnológica cresceram ao dobro da velocidade das suas receitas no ano passado, à medida que a empresa investia no negócio de podcast, o que é mais atrativo para os anunciantes devido a níveis de envolvimento mais elevados.
Ao mesmo tempo, as empresas recuaram nos gastos com publicidade na plataforma, refletindo uma tendência já observada na Meta e na Google.
A empresa anunciou também a saída de Dawn Ostroff, diretor de conteúdos e publicidade, depois de quatro anos a gerir iniciativas de podcasts exclusivos da plataforma.
A tecnológica deu ainda conta da nomeação de Alex Norström, diretor do negócio “freemium”, e o diretor de investigação e desenvolvimento, Gustav Söderström, como copresidentes.