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O ministro Adjunto garante que o Governo está “muito mobilizado” para reconstruir as casas que arderam depois dos incêndios de Junho e Outubro. Este é “maior esforço de reconstrução que o país já empreendeu, em democracia”, afirmou em entrevista à Renascença.
Na emissão especial feita pela Renascença a partir de Pedrógão Grande, seis meses depois dos fogos de 17 de Junho, Pedro Siza Vieira fez um balanço do que está feito até agora, seis meses depois da tragédia em Pedrógão Grande. “Muitas casas estão concluídas e todas estão já em fase de intervenção”, disse.
“Esta escala exige uma mobilização de meios absolutamente inédita”, sublinhou.
Siza Vieira destacou ainda os trabalhos planeados para a reflorestação. “A floresta que temos é aquilo que resultou de um processo grande de abandono das terras agrícolas ao longo de décadas. A floresta que precisamos de ter é uma floresta que vamos ter que construir ao longo do tempo”, disse.
O ministro, que esteve na emissão especial para assinalar os seis meses dos grandes incêndios em Pedrógão Grande, admitiu que o Governo pode rever o dossier das portagens, assim como a instalação de outros serviços, para combater a desertificação do interior do território.
"A questão das portagens é uma das questões que farão parte da panóplia de ferramentas que temos de estudar e que temos de aplicar para podermos inverter este processo", disse.
Nestas declarações, Pedro Siza Vieira revelou diz ainda que o esforço financeiro em medidas, para os três concelhos
afectados pelos incêndios de Junho, já vai em 107 milhões de euros para
recuperar casas, apoio às empresas e agricultura.
A Renascença voltou esta sexta-feira a Pedrógão Grande para realizar uma emissão especial de balanço ao que já foi feito nos últimos seis meses.
O incêndio que deflagrou a 17 de Junho no concelho de Pedrógão Grande e que alastrou a concelhos vizinhos fez 66 mortos e 253 feridos, sete dos quais graves, destruiu meio milhar de casas e quase 50 empresas.
Estes fogos devastaram cerca de 53 mil hectares de território, 20 mil hectares dos quais de floresta, sobretudo dos municípios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, de Góis, Penela e Pampilhosa da Serra (Coimbra) e da Sertã (Castelo Branco), mas também de Alvaiázere e Ansião (Leiria), de Arganil (Coimbra) e de Oleiros (Castelo Branco).