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À chegada para a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO e da União Europeia, o ministro Augusto Santos Silva afirmou que os governantes ali reunidos tomaram, "evidentemente", nota "do resultado positivo mas ainda muito insatisfatório" que saiu do encontro das delegações russa e ucraniana.
Questionado se vai existir um reforço de posição da NATO, Santos Silva lembrou que, "infelizmente", a nível político, "a Rússia cortou todas as pontes de comunicação".
"Mas estou certo de que os ministros insistirão na necessidade de manter contactos, pelo menos, ao nível, militar. É muito importante que os militares mantenham contactos entre si, para evitar cálculos errados, escaladas, incidentes indesejáveis. Certamente que esses contactos ao nível militar são importantes hoje, designadamente, entre a NATO e a Rússia", afirmou à entrada do quartel-general da NATO, em Bruxelas.
Os ministros estão em Bruxelas para uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte. Participam também os ministros dos Negócios Estrangeiros da Finlândia e da Suécia, bem como o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
Santos Silva diz acreditar que vai haver conciliação de interesses entre os 30 membros da NATO.
“Haverá certamente ocasião para concertação de posições entre os 30 aliados, firmeza na nossa capacidade de dissuasão na nossa postura defensiva, que estamos a reforçar no flanco leste da aliança, e também tomaremos nota do resultado positivo do ainda muito insatisfatório obtido ontem nas negociações diretas entre a Ucrânia e a Rússia com a abertura de corredores humanitários, que esperamos que sejam concretizados o mais brevemente possível”, disse o governante.
A Reunião dos ministros dos negócios estrangeiros da NATO antecede em poucas horas, uma outra reunião com os chefes da diplomacia da União Europeia.
A guerra na Ucrânia entrou no nono dia de combates. A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.