José Manuel Antunes, antigo vice-presidente do Benfica, acredita que as arbitragens desta época têm sido "desastrosas" e em "benefício claro do FC Porto e Sporting".
O ex-dirigente recorda o golo em fora de jogo de Paulinho, do Sporting, frente ao Casa Pia, e considera que afastar o VAR Hugo Miguel das nomeações foi uma "hipocrisia e o que é chamado de atirar areia para os olhos".
Sobre o jogo da noite de segunda-feira do FC Porto, o antigo "vice" acredita que Stephen Eustaquio deveria ter sido expulso aos sete minutos.
"As nomeações continuam desastrosas e, sobretudo, as arbitragem e os critérios que não são uniformes e em benefício claro do Sporting e do Porto", diz, a Bola Branca.
O antigo dirigente faz a contabilidade aos casos, começando pelo Bessa: "A expulsão do Musa é ridícula e é igual ao lance de ontem [Eustaquio], que nem foi amarelo. São pequenos e grandes detalhes, como o escândalo do golo validado ao Sporting que o próprio Conselho de Arbitragem penalizou. Passadas três jornadas, já temos o Benfica prejudicado e os outros dois rivais beneficiados".
O VAR Bola Branca, Paulo Pereira, deu nota 3 à arbitragem de Fábio Veríssimo no Rio Ave-FC Porto: "Eustáquio tem uma entrada forte sobre Guga e aceita-se que, numa perspetiva de gestão do jogo, Eustáquio não tenha visto o cartão amarelo”. Aos sete minutos, o médio pisou Boateng e deveria ter visto o amarelo. “Passou impune”, completa.
José Manuel Antunes assume "preocupação grande", mas sem surpresa, uma vez que considera que o título é essencial para Sporting e FC Porto. Não pelo objetivo desportivo, mas pelo financeiro.
"É um campeonato decisivo. Só uma equipa vai diretamente à Champions, a outra terá de passar pelos "play-offs". O campeão receberá cerca de 80 milhões e os outros nada. Sabemos que os rivais estão completamente falidos. Para eles, é fundamental tentarem essa verba que precisam como pão para a boca, mais do que a vitória desportiva", atira.
Crítica a Vlachodimos era dispensável
Olhando para dentro, o antigo vice-presidente lamenta o episódio entre Roger Schmidt e Vlachodimos, mas confia na experiência de Rui Costa.
"A crítica ao Vlachodimos era dispensável, não terá sido boa ideia para criar bom ambiente no grupo de trabalho. Confio muito na sapiência de balneário de Rui Costa para sanar as coisas o mais rapidamente possível e que haja unidade completa no grupo de futebol", termina.