A fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai “recordar e honrar” a memória de homens e mulheres que foram “assassinados, raptados, presos ou despareceram” apenas por serem cristãos.
A partir desta Quarta-feira de Cinzas, e até ao dia 9 de abril, véspera da Páscoa, foram escolhidas 44 histórias de vida “que pretendem ser um exemplo para cada um de nós”, sublinha a diretora do Secretariado Nacional da AIS.
Todos eles vão ser lembrados “como verdadeiros heróis do nosso tempo”, diz à Renascença Catarina Martins, que acrescenta que “todos eles viviam em países onde a comunidade cristã está a sofrer e é perseguida”.
Por isso, é tão importante “lembrar e informar as pessoas que os mártires não são uma coisa do passado, são uma coisa de hoje”. E isto acontece um pouco por todo o mundo, em países tão diferentes como o Iraque, a Síria, a Nigéria, Burkina Faso, Somália ou Paquistão.
Com esta iniciativa, a organização pretende “sensibilizar os portugueses para a realidade dramática dos cristãos perseguidos no mundo” e, ao mesmo tempo, são apresentadas “propostas de oração diárias” que se encontram no site da fundação. É possível aceder gratuitamente e descarregar este Calendário da Quaresma.
Por outro lado, a AIS vai aproveitar para divulgar os seus projetos de ajuda. Catarina Martins explica que “dizemos o que é que estamos a fazer, como é que é a nossa forma de ajuda nestes países onde há mártires”.
Essas ajudas vão “desde a formação de seminaristas, sacerdotes, religiosas e leigos, desde o apoio de emergência para que as comunidades cristãs possam sobreviver”, passando pela construção ou reconstrução de seminários, paróquias, capelas e igrejas, até à ajuda na distribuição de literatura religiosa. São um conjunto de iniciativas que se tem “revelado mesmo essencial”.
Daí este apelo da fundação Ajuda à Igreja que Sofre para que os portugueses rezem pelos mais de 300 milhões de cristãos perseguidos em todo o mundo.