Brasil. Bloqueios golpistas continuam em 17 estados, apesar da diminuição
02-11-2022 - 12:36
 • Olímpia Mairos , com agências

Na madrugada desta quarta-feira, ao terceiro dia pós-vitória de Lula da Silva, a polícia rodoviária desfez 515 bloqueios.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que na madrugada desta quarta-feira desfez 515 bloqueios em rodovias desde o início das manifestações golpistas, que contestam sem provas o resultado das urnas.

O balanço divulgado pela PRF mostra que ainda existem 164 bloqueios em 17 estados.

Sant Catarina, com 37 interdições lideradas por golpistas, é o estado com mais manifestações nas rodovias. Mato Grosso tem 30, Pará tem 18, Rondônia 15 e Minas Gerais tem 12.

Em São Paulo, as manifestações estão concentradas às margens das rodovias, segundo o balanço mais recente da PRF no estado.

A Polícia Rodoviária Federal pediu reforços a outras forças policiais para o "completo desbloqueio" das estradas bloqueadas por apoiantes do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

Os bloqueios nas rodovias por camionistas começaram horas após o anúncio da vitória de Lula da Silva.

Sem reconhecer derrota, no primeiro discurso após as eleições, esta terça-feira, Jair Bolsonaro procurou aclamar os seus apoiantes.

“Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre são bem-vindas, mas nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”, frisou.

Jair Bolsonaro apelava assim aos milhares de apoiantes, que desde a madrugada de segunda-feira bloquearam várias estradas do país por não aceitarem o resultado das eleições, que Luiz Inácio Lula da Silva venceu com 50,9% dos votos, contra 49,1% obtidos por Bolsonaro.

O Presidente derrotado garantiu que vai respeitar a Constituição, dando assim início ao processo de transição.

Depois da sua declaração, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou ter recebido autorização por parte do Presidente brasileiro para iniciar o processo de transição da presidência.