"Não está fora de hipótese acabar com a greve", admite delegado sindical
15-08-2019 - 12:18
 • Marta Grosso , Pedro Mesquita , Miguel Coelho Renascença

Manuel Mendes, representante dos trabalhadores junto da refinaria de Leça da Palmeira, diz à Renascença que a suspensão da greve é uma hipótese. Dirigentes sindicais reunidos em Aveiras de Cima para definir novas estratégias.

A greve dos motoristas de matérias perigosas pode ser suspensa "hoje ou amanhã", afirma à Renascença o delegado sindical Manuel Mendes, nesta quinta-feira.

“A greve vai ter de parar um dia”, diz o representante dos trabalhadores na refinaria de Leça da Palmeira.

“Não está fora de hipótese acabar ou hoje ou amanhã ou depois, mas, para já, não está nada definido”, acrescenta.

Diz Manuel Mendes que “a greve, da forma que está, não está a ter o impacto que devia por causa da pressão que temos tido pelas empresas e mesmo pela polícia”.

Resta agora aguardar pela decisão dos dirigentes sindicais, reunidos em Aveiras de Cima, junto à Companhia Logística de Combustíveis (CLC).

“Aguardamos. Estive a falar agora com o presidente do sindicato e eles estão a reunir-se neste momento com alguns colegas em Aveiras e vamos ver o que vai sair dessa pequena reunião e o que vamos fazer a seguir”, indica ainda o delegado sindical do Norte.

De manhã, o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMP) acusou a Antram de não querer negociar e preferir, assim, manter a greve. Ao seu lado nas declarações aos jornalistas, Pedro Pardal Henriques, porta-voz do sindicato, dizia que “a batalha estava ganha” e que as “cabeças pensantes iriam redefinir estratégias”.

A greve dos motoristas de matérias perigosas começou na segunda-feira, dia 12, e não sem data para terminar.