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O Governo da Madeira vai proceder, em articulação com Instituto Ricardo Jorge, a análises de casos positivos oriundos do Reino Unido, para avaliar se a nova estirpe do vírus já chegou à região, anunciou o presidente do executivo.
“Nós próprios vamos fazer uma análise genética de um conjunto de casos que foram detetados ao longo dos últimos meses na Madeira para ver se essa variante do vírus chegou a estar na Madeira, está na Madeira ou não”, informou Miguel Albuquerque esta segunda-feira numa videoconferência.
O governante madeirense adiantou que esta é outra situação que a Madeira tem que avaliar, em articulação com o instituto Ricardo Jorge, pelo que vai “pegar nessas amostras e vai já fazer os testes e essa análise”.
O chefe do executivo insular recordou que dada a previsão de chegada de muitos madeirenses que residem no Reino Unido, que regressam para passar a esta quadra festiva, o conselho extraordinário do Governo Regional determinou que são obrigados a efetuar o teste de despistagem, aguardando o resultado numa unidade hoteleira e não no “seio familiar”.
Albuquerque destacou que este “isolamento profilático é obrigatório”, acrescentando que os infratores incorrem “num crime de desobediência”.
Também referiu que na realização do segundo teste para os estudantes e emigrantes, obrigatório entre o quinto e o sétimo dia, foram detetados 11 casos positivos depois de um resultado negativo, “o que corresponderia a 33 cadeias de transmissão” e “atesta a importância desta medida relativamente à contenção de novas cadeias” na região.
“Acho estranho e incompreensível que algumas pessoas tenham dificuldade em cumprir esta determinação quando está em causa a vida e saúde dos seus familiares e contactos mais próximos”, realçou.
Questionado sobre atrasos na realização do segundo teste, o governante mencionou que “desde o dia 2 de dezembro foram agendados 6.011 testes entre o 5.º e 7.º dia”, tendo sido realizados “3.779 testes, estando agendados para os próximos dias os restantes”.
Também censurou os que não apresentaram os dados corretos nos documentos, o que não facilita o contacto para a correspondente realização da análise.
Sobre o espetáculo de fogo da passagem do ano, assegurou que vai realizar-se dentro das regras estabelecidas, porque mesmo com as restrições impostas a viajantes do Reino Unido, ainda existem muitos visitantes na Madeira.
Falando dos locais procurados para ver o espetáculo pirotécnico, salientou que as pessoas devem optar por assistir a partir das suas casas, sendo que nos espaços como miradouros, praças e a marginal da cidade vão ter de cumprir com as regras de distanciamento e demais orientações que serão anunciadas.
No que diz respeito ao encerramento dos estabelecimentos, referiu que os restaurantes encerram às 23h00 horas e os bares à meia-noite, sendo permitido “excecionalmente, na noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro” estes últimos permanecerem abertos até às 01h00 horas.
“A aplicação de novas medidas restritivas até ao final do ano é uma situação que está sempre em aberto”, disse, atestando que poderá ser necessário aplicá-las caso se verifique um agravamento da situação.
Outro aspeto que criticou foi as concentrações de pessoas nas grandes superfícies no Funchal, nomeadamente centros comerciais e supermercados, no passado domingo, pelo que deixou “um último aviso” aos responsáveis.
“É intolerável o que aconteceu”, sublinhou, anunciando que a manter-se haverá aplicação de multas e mesmo a possibilidade de ordem para encerrar estes espaços.
A direção regional de Saúde da Madeira informou que, domingo, este arquipélago contabilizava um total de 332 casos ativos de Covid-19, 1.221 infetados desde o início da pandemia, nove óbitos e 880 doentes curados.