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A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a acompanhar uma nova variante do novo coronavírus identificada pela primeira vez na Colômbia, em janeiro, e que foi designada de “Mu”.
O anúncio chegou pelo último boletim epidemiológico semanal (31 de agosto), segundo o qual a variante apresenta mutações que indicam risco de resistência às vacinas, sendo necessários mais estudos para a entender melhor.
“A variante Mu tem uma constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico”, indica o boletim, segundo o qual “dados preliminares apresentados ao Grupo de Trabalho de Evolução de Vírus mostram uma redução em capacidade de neutralização de soros convalescentes e vacinados semelhante à observada para a variante Beta, mas isto ainda precisa de ser confirmado por estudos adicionais”.
Para já, a “Mu” – de nome científico B.1.621 – pertence à categoria de “variante de interesse”.
Depois da primeira identificação na Colômbia, em janeiro deste ano, foram relatados alguns surtos maiores na América do Sul e na Europa.
“Em 29 de agosto, foram carregadas mais de 4.500 sequências (3.794 sequências de B.1.621 e 856 sequências de B.1.621.1) de 39 países. Embora a prevalência global da variante Mu entre casos sequenciados tenha diminuiu e esteja abaixo de 0,1%, na Colômbia e no Equador aumentou consistentemente” (39% e 13%, respetivamente), indica a OMS no boletim semanal.
Segundo a organização, é importante estudar e monitorizar as características desta nova variante e, em particular, “a co-circulação com a variante Delta”, altamente transmissível.
Com as taxas de infeção a aumentar em todo o mundo, a circulação da Delta e medidas menos restritivas em alguns países, existe uma preocupação generalizada com o surgimento de novas mutações do vírus.
Algumas mutações podem afetar as propriedades de um vírus e influenciar a facilidade com que ele se transmite, a gravidade da doença e a resistência às vacinas, medicamentos e outras terapias.
“Mu” é a 12.ª letra do alfabeto grego. Atualmente, existem quatro “variantes de preocupação”, entre as quais a Alpha (presente em 193 países) e a Delta (em 170).