Projecto da 2ª Circular é para acelerar. Câmara não admite travar
10-01-2016 - 09:31

Em entrevista exclusiva ao DN, o vereador do Planeamento e do Urbanismo, Manuel Salgado diz que está “fora de questão” deixar cair o projecto da 2ª circular. Salgado garante que as alterações vão melhorar as condições de quem usa aquela via.

A nova 2ª circular é para avançar. Qualquer recuo está fora de questão. A garantia é dada pelo vereador do Planeamento e do Urbanismo, Manuel Salgado, em entrevista ao Diário de Notícias publicada este domingo. “Não admito deixar cair o projecto, está fora de questão. Ficar como está, a Segunda Circular não fica”.

As obras na via estão programadas para durar um ano, mas o vereador diz que não vão gerar o caos, isto porque “vão decorrer à noite, entre as 23h00 e as 5h00”. À noite, sublinha, haverá sempre uma faixa de circulação em cada sentido, enquanto decorrem os trabalhos. De dia, não haverá alterações.

Salgado garante ainda que a vontade da autarquia é começar desde já, ou seja no período de obras, a trabalhar na redução do trânsito que passa na cidade e quer fazer com que parte seja transferido para a CRIL e para o Eixo Norte Sul. Um quarto do volume total de carros que passam na via tem como destino ou parte do aeroporto.

O vereador defende ainda que a redução do limite de velocidade não vai aumentar os engarrafamentos na 2ª circular. Aliás, garante que terá o efeito contrário, criará maior fluidez. A arborização do separador central também é para manter.

As críticas ao projecto que chegam de vários quadrantes não preocupam a autarquia. Em relação a Nunes da Silva, ex-vereador da Câmara, que já considerou a ideia disparatada, Salgado defende que o projecto actual “não é mais do que o concretização de um plano que vem do tempo de Nunes da Silva”.

Já em relação a Carlos Barbosa, presidente da ACP, que esta semana em entrevista à Renascença declarou que pode avançar para os tribunais caso a autarquia insista neste projecto, o vereador afirma que a providência cautelar do ACP não o assusta. “Já avançaram antes com providências cautelares aquando das obras do Terreiro do paço e Ribeira das naus e perderam nos tribunais”, sublinha.