Aumentar a competitividade das empresas e subir as exportações para poder reforçar o investimento público e diminuir a carga fiscal, é esta quadratura do quadro macroeconómico apresentado esta terça-feira pelo presidente do PSD, Rui rio.
O quadro, que está na base do programa eleitoral social-democrata, irá sendo apresentado nas próximas semanas. Por enquanto, Rui Rio não quer falar em medidas concretas.
O que é essencial e faz a diferença entre este quadro e o que esteve na base do programa socialista feito por Mário Centeno, em 2015, é tentar que o motor do crescimento não seja o consumo privado, mas o aumento da produtividade e das exportações.
No mesmo quadro está prevista a diminuição da despesa primária do Estado, que Rui Rio conta conseguir apenas com melhor gestão em setores como a Saúde e a Educação.
Além disso, o líder do PSD acredita que uma solução política que exclua PCP e Bloco de Esquerda permite, por si só, aumentar a confiança na economia nacional de forma a captar mais investimento tanto interno como externo.
"O consumo privado é o que todos queremos. O que ele não pode é ser o motor do crescimento”, disse Rui Rio em conferência de imprensa, remetendo medidas concretas para “conferências de imprensa específicas” a começar na sexta-feira, dia em que vai explicar como será feita a redução da carga fiscal.
Essa redução, segundo Rio, será gradual e equivalente a cortes de impostos de 3,7 mil milhões de euros em toda a próxima legislatura. Que é o mesmo que dizer 1,5 pontos percentuais.
Quanto ao aumento do investimento, o presidente do PSD quer passar 2% para 3,2% do PIB, o que equivale a 3,6 mil milhões.