Esta segunda-feira, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu a cidadania russa a Edward Snowden.
O antigo analista dos serviços de inteligência norte-americanos havia fugido dos Estados Unidos em 2013, depois de publicar informações confidenciais sobre operações de vigilância nacional e internacional da Agência de Segurança Nacional (NSA) do país.
Desde então, o whistleblower recebeu asilo político de Moscovo, pelo que já há nove anos que as autoridades norte-americanas tentam a extradição de Snowden para os Estados Unidos. O ex-analista da NSA é acusado de crimes de espionagem, cuja pena lhe poderá valer 30 anos de prisão.
Edward Snowden foi um dos 72 cidadãos estrangeiros a que Putin concedeu nacionalidade russa esta segunda-feira. O norte-americano de 39 anos já havia pedido passaporte russo em 2020, ano em que também garantiu visto de residência permanente no país.
O advogado do denunciante garantiu à agência de notícias moscovita RIA Novosti que a mulher, Lindsay Mills, também irá requisitar cidadania russa. A decisão do casal também é especialmente motivada pelo nascimento do filho na Rússia, há dois anos.
"Depois de anos de separação dos nossos pais, a minha mulher e eu não temos intenções de ser separados do nosso filho. É por isso que, nesta era de pandemia e fronteiras encerradas, iremos requisitar dupla nacionalidade", escreveu Snowden na altura, no Twitter.
Em 2017, o atual Presidente russo admitiu que o norte-americano agiu incorretamente ao divulgar informações confidenciais da agência de segurança dos Estados Unidos, mas que isso não fazia dele um 'traidor'.
De momento, ainda não houve qualquer reação da parte de Edward Snowden.