A China propôs introduzir uma nova lei de segurança em Hong Kong para limitar a oposição ao regime, com a "proibição de sedição, traição e secessão". A medida deverá ser aprovada nos próximos dias pelo Parlamento, segundo o porta-voz Zhang Yesui.
De acordo com o porta-voz parlamentar, o objetivo da medida é "reforçar o sistema legal e os mecanismos de segurança em Hong Kong, para salvaguardar a segurança nacional".
No entanto, esta medida deverá receber forte oposição em Hong Kong e também a nível internacional. A região tem sido palco de diversas manifestações contra o regime chinês, desde o final do ano passado.
O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, promete uma forte reação caso a medida seja aprovada, sendo que a relação entre os dois governos ficou gravemente afetada devido à pandemia da Covid-19.
O último governador britânico de Hong Kong, Chris Patten, descreve a proposta como "um assalto à autonomia da cidade".
O parlamento chinês vai votar a aprovação da medida na sexta-feira, sendo que já existe uma lei semelhante na China para silenciar a oposição ao partido comunista, que governa.
O jurista Dennis Kwok, afirmou à Reuters que a medida colocará um fim a Hong Kong e à máxima de "um país, dois sistemas". "Será o fim de Hong Kong", afirmou.