D. José Cordeiro. A Igreja construída por todos "não pode ser um slogan”
13-02-2022 - 19:10
 • Isabel Pacheco

Num tempo difícil, o Arcebispo de Braga desafia todos a serem testemunhos de esperança e a participarem no caminho sinodal da Igreja.

D. José Cordeiro pediu este domingo, durante a homilia da eucaristia que marcou a sua entrada solene na Arquidiocese de Braga, que a construção da Igreja participativa não seja apenas uma frase feita.

É o apelo do Arcebispo de Braga que desafia todos a participarem no caminho sinodal da Igreja como testemunhos da esperança.

“A Igreja sinodal samaritana não pode ser um slogan, um evento ou um “fazer por fazer”. É o estilo essencial do Evangelho da Esperança, que é o primado da graça na urgência de testemunhar a santidade, o rosto mais belo da Igreja”, sublinha.

D. José Cordeiro exaltou ainda a esperança, sobretudo, “num tempo difícil” e de “mudança de época” como o atual.

“Ainda que os tempos sejam difíceis, é hora de revisitarmos com esperança as nossas raízes, a história, os trabalhos e cansaços, para saborearmos o património de fé e cultura do Evangelho”, defende.

Para o novo prelado de Braga só uma Igreja humilde é capaz de cuidar dos mais frágeis. D. José pede, por isso, um “olhar com olhos novos” para as periferias.

“Só quem assume ser carente e pobre pode ser amigo dos pobres, reclusos, doentes, peregrinos, migrantes, refugiados, vulneráveis, indigentes e marginalizados nas periferias existenciais, sociais e geográficas. Nós somos chamados a olhar com olhos novos, com os olhos de Jesus Cristo!”.

D. José Cordeiro que no início do seu ministério episcopal à frente da arquidiocese bracarense anunciou que vai fazer uma “grande peregrinação” pelas 551 paroquias da arquidiocese, incluído Santa Cecília de Ocua, em Moçambique onde a arquidiocese mantém uma equipa de missionários.

A entrada solene de D. José Cordeiro como arcebispo metropolita de Braga decorreu, este domingo, na Sé Catedral da cidade. A cerimónia contou com a presença de bispos portugueses e da vizinha Galiza e, entre outros, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e da ministra Francisca Van Dunem.