Os Estados Unidos, em coordenação com União Europeia (UE) e G7, vão anunciar novas sanções à Rússia, como o congelamento de investimentos, reagindo aos crimes de guerra na Ucrânia, revelou um alto responsável da Administração norte-americana.
Entre as medidas a anunciar na quarta-feira contra a Rússia estão a proibição de todos os novos investimentos naquele país, sanções mais eficazes às instituições financeiras e empresas estatais e sanções a funcionários do Governo e aos seus familiares, segundo adiantou um alto funcionário da Administração Biden, citado pela AP, sob condição de anonimato.
O presidente norte-americano, Joe Biden, e os aliados dos Estados Unidos têm trabalhado conjuntamente para impor sanções económicas à Rússia por ter invadido a Ucrânia há mais de um mês, incluindo o congelamento de ativos do banco central, controlos de exportação e apreensão de propriedades, tais como iates, da elite russa.
Todavia, os pedidos de aumento das sanções intensificaram-se esta semana em retaliação aos ataques, assassínios e destruição na cidade ucraniana de Bucha.
O alto funcionário norte-americano disse que as sanções iriam aumentar o "isolamento" económico, financeiro e tecnológico da Rússia face ao resto do mundo, como condenação pelos seus ataques a civis na Ucrânia.
Esse isolamento é um aspeto fundamental na estratégia dos Estados Unidos, que se baseia na ideia de que a Rússia vai acabar a necessitar de recursos e equipamentos para continuar a combater uma guerra prolongada em território ucraniano.
Uma Rússia cada vez mais frustrada com a resistência ucraniana utilizou táticas militares que indignaram grande parte da comunidade global em geral, levando a acusações de crimes de guerra e novas sanções.
Ainda assim, quase toda a UE absteve-se de uma proibição total do petróleo e gás natural russos, o que provavelmente arrasaria a economia do país.